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Manifestantes ocupam Ministério do Trabalho em Curitiba

Trabalhadores protestaram contra golpe que Congresso Nacional quer dar nos trabalhadores

Publicado: 11 Julho, 2017 - 15h57

Escrito por: CUT-PR - Gibran Mendes

Gibran Mendes
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Mais de 100 pessoas ocuparam na manhã desta terça-feira (11) o prédio do Ministério do Trabalho e Emprego, em Curitiba, localizado na Travessa da Lapa, na região central da capital. Eles chegaram ao local em marcha após manifestação realizada no Terminal Guadalupe, local frequentado por pessoas que utilizam o transporte público como ligação, sobretudo, com municípios da região metropolitana.

A manifestação foi uma forma de pressionar os senadores e também alertar a população sobre as consequências de uma eventual aprovação da Reforma Trabalhista no Senado Federal. A matéria é fruto de debates e deve, segundo o cronograma oficial, ser votada ainda nesta terça-feira no Senado Federal.

O grupo de manifestantes, em sua maioria, formado por representantes de sindicatos filiados à CUT e outras centrais, além de movimentos sociais, distribuí materiais informativos à população com informações didáticas sobre os reflexos da reforma.

“No Congresso Federal em que a maioria dos parlamentares estão à serviço do dinheiro, do capital financeiro, do financiamento de suas campanhas, eles estão contra todo o programa que apresentaram como propostas para o seu mandato”, afirmou o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, denunciando o estelionato eleitoral por parte dos congressistas.

Segundo ele, a reforma está sendo votada sem que exista o mínimo de representatividade na atual configuração do Congresso Nacional. “Votam combinados com um Presidente da República ilegítimo, com um ministério denunciado e que representa a alta elite empresarial e econômica, cuja totalidade do governo não representa qualquer segmento social, muito menos o povo brasileiro”, analisou Leão.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Elias Jordão, reforçou que esta é mais uma etapa do golpe em andamento no Brasil. “O golpe iniciado em 2016 tinha exatamente esta intenção, dar um golpe no direito dos trabalhadores e trabalhadoras”, projetou.

Segundo Jordão, não há argumentos que possam sustentar a Reforma Trabalhista. “O que estão falando na grande mídia é mentira. Podem ter certeza: não vai gerar emprego e não vai gerar renda. Só vai gerar mais riquezas para o grande empresário. Nem sequer o médio empresário será favorecido. Aliás, muitos deles já estão arrependidos de terem corrido atrás do pato amarelo”, criticou.

Votação – A votação no Senado Federal deve durar toda a terça-feira, sobretudo após o atraso ocorrido pela decisão do presidente da casa, Eunício Oliveira (PMDB), de suspender a sessão cortando, inclusive, a luz do plenário.

O fato aconteceu porque pelo regimento da casa, tendo quórum mínimo, qualquer parlamentar pode dar início à sessão. Como Oliveira atrasou a chegada, um grupo de parlamentares deu início aos trabalhos abrindo a palavra para que opositores do projeto fizessem suas considerações.