Voto de Cármen Lúcia pode decidir condenação de Bolsonaro. Veja ao vivo
Ministra do STF é a quarta a votar no julgamento de Jair Bolsonaro e mais sete réus por tentativa de golpe de Estado. O placar está 2 a 1 pela condenação do ex-presidente e mais sete réus
Publicado: 11 Setembro, 2025 - 08h31 | Última modificação: 11 Setembro, 2025 - 16h17
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Rosely Rocha

Nesta quinta-feira (11), a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve definir o futuro de Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus com o resultado do julgamento da ação por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. A ministra Cármen Lúcia, a quarta a votar, lerá a sua decisão, formando, ou não, maioria pela condenação já que a 1ª Turma da corte é formada por cinco ministros. O início da sessão está previsto para às 14h.
Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação e Luiz Fux divergiu absolvendo Bolsonaro e outros cinco réus, tornando-se motivo de chacota e indignação por usuários das redes sociais com diversos memes e textos sobre a sua incoerência ao condenar Mauro Cid, o ajudante de ordens de Bolsonaro. O papel do ajudante de ordens é exatamente o de cumprir ordens do presidente. Fux também condenou o general Braga Netto, candidato a vice na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022. Outra incoerência de Fux foi a de declarar a incompetência do STF para julgar os réus. No entanto, ele mesmo condenou cerca de 400 pessoas que participaram dos atos de 8 de janeiro e em nenhum momento se disse impedido de julgar Os usuários de redes sociais também lembraram que Fux negou Habeas Corpus a homem acusado de roubar cinco desodorantes, que posteriormente foram devolvidos.
Em caso de condenação dos réus as penas serão definidas na sexta-feira (12).
Quem são os réus
Entre os réus estão nomes centrais do governo Bolsonaro: Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e hoje deputado federal; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa presidencial de 2022; e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Crimes
Todos os réus respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
A exceção é o caso do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem que, atualmente, é deputado federal. Ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e responde somente a três dos cinco crimes. A regra está prevista na Constituição.
A suspensão vale para os crimes de dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado, relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro.
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