TOP 4 ações de Bolsonaro que desmentem seu patriotismo e atacam a soberania do país
Julgamento do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado e mais quatro crimes começou nesta terça-feira (2), no STF. Movimentos sociais farão atos no 7 de setembro em defesa da soberania nacional
Publicado: 02 Setembro, 2025 - 09h37 | Última modificação: 02 Setembro, 2025 - 09h48
Escrito por: Redação CUT | Editado por: André Accarini

Com um discurso que prometia um resgate do patriotismo, mas que na prática se mostrou um ataque à soberania nacional, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), que se elegeu sob a bandeira de "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", agora enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF), seu maior pesadelo, o julgamento por ter atacado a democracia, em uma tentativa de golpe de Estado.
Ao longo da história, a trajetória de Jair Bolsonaro foi marcada por atitudes que vão na contramão de seus próprios lemas. Clímax dessa discrepância entre o que fala e o que faz, seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), está, atualmente, situado em solo estadunidense incentivando o governo de Donald Trump a aplicar sanções contra o Brasil, o que seria uma tentativa de prejudicar a economia do próprio país em um ato de oposição ao governo brasileiro e ao judiciário, por levar o ex-presidente a julgamento.
Essa ação, segundo analistas, comprova que o patriotismo de sua família é de fachada, e que se desfez no momento em que os interesses pessoais se chocaram com os interesses nacionais.
Mas, além do que juristas têm chamado de traição à Pátria, na questão das sanções norte-americanas, em sua história há outros momentos que mostram o ex-presidente colocando o Brasil em segundo plano.
Atos golpistas: acusação principal ao ex-presidente, os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e toda trama relacionada, além de usar o Estado em benefício próprio, Bolsonaro feriu a democracia e afrontou a soberania popular. Os atos antidemocráticos o colocam como ameaça à própria soberania do país. A definição de patriota, segundo os dicionários, é a do cidadão que se esforça para ser útil ao seu país e age em defesa dos interesses coletivos. O ex-presidente não cumpriu esse papel.
Continência à bandeira dos Estados Unidos: em maio de 2019, num evento da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em Dallas, no Texas, o então presidente, fez uma continência prestada por Bolsonaro à bandeira americana e o bordão de governo refeito: "Brasil e Estados Unidos acima de tudo".
Essa é uma expressão de absoluto sentimento de colonialismo. A postura de subordinação resultou em prejuízos econômicos e diplomáticos para o Brasil, como o enfraquecimento das relações com a China , o principal parceiro comercial do Brasil e a perda de negócios bilionários, como a venda de aviões para o Irã.
Entrega do patrimônio nacional: a privatização da Eletrobras, um dos maiores patrimônios do Brasil e da América Latina, com valor abaixo estimado em R$ 40 bilhões, e a intenção de privatizar a Petrobras, um símbolo da soberania nacional, foram vistas como ações que enfraquecem o Estado e entregam o controle de setores estratégicos em mãos estrangeiras ou privadas, que não necessariamente compartilham os mesmos interesses do povo brasileiro.
Amazônia em chamas: durante sua gestão, a região sofreu com a queima e o desmatamento que cresceu 150%, a pior marca já registrada pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). A Amazônia é um dos maiores patrimônios ambientais do mundo e um símbolo da soberania brasileira. A política ambiental de Bolsonaro foi apontada por críticos como um ataque direto ao bem-estar do país e do planeta, e resultou em um isolamento diplomático que prejudicou as relações comerciais e a imagem internacional do Brasil.
Defenda nas ruas a soberania nacional
O próximo 7 de setembro (domingo), Dia da Independência, mais do que uma data simbólica, marca um movimento em que o povo brasileiro irá às ruas mais uma vez defender a soberania do país, livre de interferência estrangeira e da extrema direita que querem colocar o Brasil de joelhos para atender a vontade do presidente dos Estados Unidos Donald Trump e da família Bolsonaro.
Atos estão sendo marcados em todo o país convocados pela CUT, centrais sindicais, Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo e Grito dos Excluídos.
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