• Kwai
MENU

Tribunal Popular da Terra-MS acontece na UFMS...

Demarcação das terras indígenas e quilombolas, violência no campo e reforma agrária são os temas centrais

Publicado: 29 Março, 2012 - 12h31

Escrito por: MST

 

Tem início nesta sexta pela manhã, no auditório do LAC, o Tribunal Popular da Terra-MS, promovido por diversas entidades da sociedade civil de Mato Grosso do Sul. Além de realizar um julgamento do papel cumprido pelo Estado na questão da terra, integram a programação oficinas sobre diversos temas, apresentações culturais e debates.

O evento tem início na sexta com uma mesa redonda que abordará os seguintes assuntos: Estrutura fundiária e a questão agrária em MS (Miescelau Kudlavicz, agente da Comissão Pastoral da Terra -CPT/MS); O golpe de 64 e seus impactos históricos e atuais na questão fundiária (Narciso Pires, presidente da ONG Tortura Nunca Mais/PR-Sociedade HPAZ/PR); Como o coletivo se transforma em privado: o histórico papel do Estado na privatização das terras indígenas sul-mato-grossenses. (Katya Vietta, doutora em Antropologia Social/Etnologia Indígena) e Informe sobre a PEC (Projeto de Emenda Constitucional) 215.

Na sexta à tarde acontecem cinco Oficinas que aprofundarão temas específicos: Movimento Negro e as questões dos territórios quilombolas (Instituto Casa da Cultura Afro Brasileira e Coordenação Estadual das Comunidades Negras Rurais Quilombolas); Oficina Musical “Luta pela terra, pela Vida - Resistir é preciso” (Grupo Tortura Nunca Mais-Paraná-Sociedade DHPAZ/PR); Agrotóxicos e seus impactos no Mato Grosso do Sul - O veneno está na mesa (Comitê/MS contra os Agrotóxicos); A Luta pela restituição territorial dos povos indígenas em MS (Conselho Aty Guasu Kaiowá-Guarani; Povo Terena e CIMI) e Diálogos sobre a questão agrária: Ações e Impactos no MS (CPT e MST).

Ainda na sexta, à noite, acontece a abertura solene do Tribunal com apresentações culturais, no auditório do LAC. O Espetáculo Teatral: “Tekoha - Vida e Morte do Deus Pequeno” - Teatro Imaginário Maracangalha, a Banda Humanos Vermelhos e o grupo Colisão (com a intervenção cultural “Projeções”), estão na programação.

O sábado será dedicado às atividades do Tribunal em si, quando serão ouvidas as testemunhas dos casos de violência física e assassinatos bem como violação de direitos dos povos da terra no estado de Mato Grosso do Sul (indígenas, quilombolas e sem-terra). Ao final serão feitas as manifestações do Corpo de Jurados Populares e a leitura das conclusões advindas do Conselho Popular de Sentença.. No encerramento do dia acontecem apresentações culturais na rampa do Morenão, com a presença do grupo de rap indígena Brô MCs e intervenção cultural “Brasil” do grupo Colisão.

O evento encerra na manhã de domingo, 1 de abril, com um debate e encaminhamentos a respeito do PEC (Projeto de Emenda Constitucional) 215, que objetiva transferir para o Congresso Nacional (Câmara e Senado) a última palavra sobre as demarcações das terras indígenas no Brasil. Também acontece o lançamento do livro “Latifúndio Midiota”, do jornalista Leonardo Wexell Severo, que aborda os interesses e o poder dos conglomerados da comunicação.

Programação do Tribunal Popular da Terra – MS

30 de Março (Sexta)

07h00 – Início Credenciamento (Auditório do LAC-UFMS)

08h30 – 11h30- Mesa Redonda e debate, abordando os seguintes temas:

1. Estrutura fundiária e a questão agrária em MS (Miescelau Kudlavicz, agente da Comissão Pastoral da Terra -CPT/MS);

2. O golpe de 64 e seus impactos históricos e atuais na questão fundiária (Narciso Pires, presidente da ONG Tortura Nunca Mais/PR-Sociedade HPAZ/PR);

3. Como o coletivo se transforma em privado: o histórico papel do Estado na privatização das terras indígenas sul-mato-grossenses. (Katya Vietta, doutora em Antropologia Social/Etnologia Indígena);

4. Informe sobre a PEC (Projeto de Emenda Constitucional) 215.

11h30 - 14h00 ALMOÇO

14h00 - 16h30 - Oficinas Simultâneas (Participantes escolhem)

Oficina 1 - Movimento Negro e as questões dos territórios quilombolas (Instituto Casa da Cultura Afro Brasileira e Coordenação Estadual das Comunidades Negras Rurais Quilombolas). Local: sala 1 do Bloco 6

Oficina 2 - Oficina Musical “Luta pela terra, pela Vida - Resistir é preciso”.

(Grupo Tortura Nunca Mais-Paraná-Sociedade DHPAZ/PR)Local: Anfiteatro CCHS

Oficina 3 - Agrotóxicos e seus impactos no Mato Grosso do Sul - O veneno está na mesa (Comitê/MS contra os Agrotóxicos) Local: Sala 2 do CCHS

Oficina 4 - A Luta pela restituição territorial dos povos indígenas em MS

(Conselho Aty Guasu Kaiowá-Guarani; Povo Terena e CIMI).Local: Sala 2 do Bloco 6

Oficina 5 - Diálogos sobre a questão agrária: Ações e Impactos no MS

(CPT e MST) – Local: Casa da Ciência

16h30 - 17h30 - Plenária das Oficinas e apresentação da Banda Humanos

Vermelhos – Local: Anfiteatro CCHS

19h – 22h -Abertura (apresentação do Tribunal Popular) - Local Auditório do LAC

-Mística

-Espetáculo Teatral: “Tekoha - Vida e Morte do

Deus Pequeno” - Teatro Imaginário Maracangalha

-Apresentação Musical da Banda Humanos Vermelhos.

-Intervenção Cultural “Projeções” – Grupo Colisão

31 de Março (Sábado) – Auditório do LAC-UFMS

HORA ATIVIDADE LOCAL RESPONSÁVEL

07h00 – Inicio Credenciamento

09h00 – 09h30 Abertura Oficial

09h30 – 10h00 Instalação do Tribunal Popular da Terra- 2ª Edição – MS.

10h00 - 12h30 Depoimentos

12h30 – 14h00 - Almoço

14h00 – Retorno do Tribunal

16h00 – 16h30 Mística

16h30 – 18h00 Manifestações dos membros do Corpo de Jurados Populares.

18h00 – 19h30 Jantar

19h30 – 20h30 Leitura das conclusões advindas do Conselho Popular de Sentença.

20h30 – 21h00 Agradecimentos e considerações finais por parte dos membros do

Conselho Popular de Sentença.

21h00 - Intervenção cultural “Brasil” – Grupo Colisão

- Show com Brô MCs (Grupo de Rap Indígena de Dourados)

Local: Rampa do Estádio Morenão

01 de Abril – (Auditório do CCHS)

9h - 11h

- Discussões e encaminhamento sobre a PEC 215 (Projeto de Emenda Constitucional 215)

- Avaliação e Plenária Final.

- Lançamento do Livro «Latifúndio Midiota», do jornalista Leonardo Wexell Severo, que aborda os interesses e o poder dos conglomerados da comunicação.