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Trabalhadores dos Correios em MG aprovam paralisação de 24h nesta quarta-feira (22)

Categoria protesta contra falta de limpeza, insalubridade e cortes no plano de saúde

Publicado: 22 Outubro, 2025 - 10h38 | Última modificação: 22 Outubro, 2025 - 10h49

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Walber Pinto

Reprodução
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Os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios em Minas Gerais decidiram realizar uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira (22). A decisão foi aprovada por unanimidade em assembleia realizada na terça-feira (21), e tem como principais motivações a falta de limpeza nas unidades de trabalho, a ausência de materiais de higiene pessoal e a precarização do plano de saúde oferecido pela empresa.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Minas Gerais (SINTECT-MG), a situação nas unidades tem se agravado nos últimos meses. A entidade relata o acúmulo de sujeira, ambientes insalubres e a ausência de itens básicos de higiene, como papel higiênico e sabão. Além disso, há denúncias de que o plano de saúde enfrenta cortes e atrasos nos atendimentos.

"Estamos cansados de trabalhar em unidades sujas, sem limpeza há semanas, em condições perigosas e desumanas", afirma nota divulgada pelo sindicato.

Como parte da mobilização, haverá um ato público na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, a partir das 9h30 da quarta-feira (22/10). O protesto busca pressionar a direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) por melhores condições de trabalho e manutenção do atendimento pleno no plano de saúde.

Estrutura precária e denúncias recorrentes

O SINTECT-MG denuncia ainda que diversas unidades dos Correios em Minas estão em situação crítica. A falta de limpeza, segundo o sindicato, tornou-se uma regra em vários setores, incluindo o edifício-sede da empresa, que estaria sem recepção e com estrutura comprometida.

Funcionários relatam que, após o retorno do trabalho remoto, muitos encontraram seus setores sem mobiliário adequado, como cadeiras e mesas, além de equipamentos quebrados. A agência que funciona no prédio também estaria em estado de abandono, afetando inclusive o atendimento à população.

Para o sindicato, o que se observa é um cenário de abandono por parte da direção da ECT, com a precarização sendo tratada como uma política de gestão. O uso de manuais internos, descolados da realidade vivida pelos trabalhadores, também é criticado.

“Sem limpeza, sem trabalho. Sem saúde, sem trabalho”, reforça o SINTECT-MG em sua convocação.

A categoria reivindica respeito, dignidade e condições mínimas para a execução das atividades. O sindicato alerta que, caso não haja respostas da empresa, novas mobilizações podem ocorrer.

com informações do SINTECT MG*