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Trabalhadores devem liderar transição energética, defende CUT na Pré-COP30 Sindical

Na abertura do encontro internacional em Brasília, Antônio Lisboa destaca que a transição justa exige protagonismo da classe trabalhadora, respeito aos povos originários e defesa das soberanias nacionais

Publicado: 09 Outubro, 2025 - 17h57 | Última modificação: 25 Novembro, 2025 - 12h32

Escrito por: Alessandra Terribili | Sinpro-DF | Editado por: Redação CUT

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A transição energética só será justa se a classe trabalhadora, os povos originários e as comunidades locais tiverem protagonismo na definição de seus rumos. A afirmação foi feita pelo secretário nacional de Relações Internacionais da CUT e presidente adjunto da Central Sindical Internacional (CSI),  Antônio Lisboa, na sessão inaugural da Pré-COP30 Sindical.

O encontro, que reúne representantes de 22 países, começou nesta quinta-feira (9), segue até sexta-feira (10), em Brasília, debatendo temas como transição justa e o papel dos sindicatos no cenário político global. Além de Lisboa, participaram da mesa de abertura Giulia Lagná, dirigente da CSI, e Kaira Reece, dirigente da Confederação Sindical das Américas (CSA).

Para Lisboa, a Pré-COP30 Sindical é um espaço estratégico de articulação para enfrentar a crise climática e o avanço da extrema direita, que continua disseminando discursos negacionistas, fake news e ameaçando as democracias em todo o mundo.

“As tarefas fundamentais do movimento sindical são fortalecer a incidência do nosso discurso na COP e transformar o debate que acumulamos nesse espaço em ação prática da classe trabalhadora”, pontuou.

O dirigente lembrou que foi a classe trabalhadora quem primeiro levantou a necessidade de uma transição justa — conceito que hoje se encontra em disputa.

“Não existe transição justa sem garantia e ampliação de direitos, sem trabalho decente, sem respeito a povos originários e aos setores mais vulneráveis da sociedade”, afirmou.
“A transição energética só será justa se o Sul Global tiver preservado seu direito ao desenvolvimento. Por isso, a defesa das soberanias é primordial”, completou.

A CUT tem realizado diversas atividades preparatórias para a COP30, reafirmando suas bandeiras históricas: trabalho decente, transição justa, participação sindical ativa, proteção social, liberdade sindical, políticas climáticas centradas na vida e nos direitos humanos, justiça social e protagonismo de comunidades locais e povos indígenas.

Leia mais> Rumo a COP 30: CUT defenderá justiça climática com foco no trabalho decente

A COP3030ª Conferência das Partes da ONU sobre as Mudanças Climáticas — ocorrerá entre 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém (PA).

Veja imagens do encontro: