Trabalhadores do setor farmacêutico têm proposta de reajuste com aumento real
Unidade entre as federações dos trabalhadores (Fetquim e Fequimfar) garante proposta de reajuste acima da inflação, de 2,5%. A data-base é 1º de abril e a campanha envolve cerca de 57 mil trabalhadores
Publicado: 03 Abril, 2018 - 16h38 | Última modificação: 03 Abril, 2018 - 17h04
Escrito por: Redação RBA

Os trabalhadores no segmento farmacêutico no estado de São Paulo vão avaliar, até a semana que vem, proposta de reajuste salarial de 2,5%, com aumento real (acima da inflação) calculado em 0,71%, segundo dirigentes da categoria. A proposta foi apresentada nesta terça-feira (3), durante reunião no sindicato de São Paulo entre representantes empresariais (Sindusfarma) e da Fetquim e Fequimfar, federações do setor químico ligadas à CUT e à Força Sindical, respectivamente, que fizeram a campanha de forma unitária. A data-base é 1º de abril e a campanha envolve cerca de 57 mil trabalhadores e trabalhadoras.
Segundo os sindicalistas, o índice é válido também para os pisos salariais e para o pagamento da participação nos lucros ou resultados (PLR). A cesta básica ou vale-alimentação passa a R$ 220 (empresas com até 100 empregados) e R$ 330 (acima de 100). Na campanha deste ano apenas as cláusulas econômicas estão em discussão – as cláusulas sociais foram renovadas por dois anos em 2017.
“A previsão de inflação do Banco Central pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que será divulgada oficialmente em 10 de abril é de 1,77%, então podemos destacar que a proposta está acima da inflação. Agora é hora de reunirmos nossos sindicatos filiados, realizar assembleias e ouvir a resposta das bases”, diz Airton Cano, coordenador político da Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do Estado de São Paulo).
"Através da mobilização e da articulação com os sindicatos, estamos conseguindo manter a convenção coletiva", destacou Cano, ressaltando a importância da ação conjunta entre as federações para barrar a tentativa patronal de querer 'adequar' a reforma trabalhista à convenção da categoria.
"Defenderemos a proposta. Parabéns à unidade no ramo químico", afirmou o presidente da Fequimfar, Sérgio Luiz Leite, o Serginho.
A Fetquim tem seis sindicatos filiados (São Paulo, ABC, Campinas/Osasco, Jundiaí, São José dos Campos e Vinhedo), com aproximadamente 40 mil trabalhadores na base. A Fequimfar reúne 33 sindicatos, com 17 mil na base.
Confira os detalhes da proposta que será avaliada pela categoria nos próximos dias:
- Reajuste: 2,5% até o teto
- Teto: 2,5% - R$ 8.511,65, valor fixo de R$ 212,79
- Piso até 100 trabalhadores: R$ 1.483,59 (2,5% reajuste)
- Piso acima de 101 trabalhadores: R$ 1.669,84 (2,5% reajuste)
- PLR até 100 trabalhadores: R$ 1.695,27 (7,5% reajuste)
- PLR acima de 101 trabalhadores: R$ 2.352,10 (7,5% reajuste)
- Auxílio Alimentação até 100 trabalhadores: R$ 220,00 (9,45% reajuste)
- Auxílio Alimentação acima 101 trabalhadores: R$ 330,00 (10% reajuste)
- Acesso aos medicamentos: 2,84% de reajuste
*Com informações Fetquim