Terceirizados da Cemig param Usina de Igarapé

Os trabalhadores da Cottar Manutenções contratados para fazer a reforma da caldeira da Usina de Igarapé paralisaram as atividades na terça-feira (24). Eles reivindicam o pagamento de 30% de periculosidade, reajuste salarial de 15%, cesta básica, plano de saúde e transporte fretado entre a usina e Belo Horizonte.

Além das reivindicações os trabalhadores reclamam de várias irregularidades cometidas pela empresa. Há casos de desvio de função, empregados afastados por acidentes continuam trabalhando, não pagamento do salário família.

São cerca de 60 trabalhadores, muitos vindos de outras cidades, eles dividem dois alojamentos em Juatuba que não oferecem as mínimas condições de conforto e higiene. 

Não existem camas suficientes para todos e alguns trabalhadores são obrigados a espalhar colchões na cozinha e nos corredores. O lençol que deveria cobrir o colchão é usado como porta de um banheiro. A falta de espaço no alojamento é tão absurda que um trabalhador tem que dormir debaixo de uma varanda, do lado de fora do alojamento. 

Os trabalhadores reivindicam ainda um local para almoçar dentro das dependências da usina, atualmente eles têm que sair da unidade e atravessar a BR 262 para fazer refeições, local sem travessia para pedestre.

À tarde os trabalhadores e o Sindicato dos Trabalhadores em Montagens Industriais se reuniram com representantes da Cottar para discutir as reivindicações. Mas a responsabilidade também é da Cemig.