Terceirizados da Bosch em Curitiba estão em...
Publicado: 24 Março, 2011 - 13h55
Cerca de cem trabalhadores da Manserv que executam serviços de manutenção dentro do parque industrial da multinacional alemã Bosch em Curitiba estão em greve desde o dia 15 de março.
A paralisação ocorreu porque a empresa terceirizada impõe metas abusivas para o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e ignorou as reivindicações para a renovação do acordo. A proposta dos operários é de substituição da PLR, que atualmente é de um salário-base por ano, cerca de R$ 1,5 mil, por um abono mensal de R$ 250,00.
Os trabalhadores se queixam que mesmo as faltas justificadas com atestados são levadas em consideração na política de metas. Também reclamam da rigidez da avaliação dos coordenadores da Bosch, que também influencia nas metas da Manserv.
Outro motivo de crítica por parte dos operários é a forma tirana que a Bosch trata os terceirizados. “Práticas que configuram o assédio moral são constantes”, afirma o diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Montagem e Manutenção Industrial do Paraná (Sindimont), Gilmar Carlos Lisboa.
Antissindical
A Bosch fere a lei de greve (7.783/89), pois contrata outras empresas terceirizadas para efetuar o trabalho paralisado – Art. 7º Parágrafo único: é vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos, exceto na ocorrência das hipóteses previstas nos arts. 9º e 14 (serviços ou atividades essenciais).
Além disso, a multinacional conseguiu nesta quarta-feira uma liminar de interdito proibitório impedindo os trabalhadores de permanecerem em frente aos portões da fábrica.