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Técnico-administrativos das UF's apontam...

Publicado: 17 Maio, 2011 - 12h23

Escrito por: Sintfub

O compromisso do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) de negociar ficou apenas na promessa. Depois de meses de encontros, reuniões e pressão dos técnico-administrativos das universidades federais de todo o país, o secretário de Recursos Humanos da pasta, Durvanier Paiva, continua com pronunciamentos inconsistentes e longe de apresentar, de fato, propostas aos trabalhadores. Descontentes com o cenário construído pelo governo, os técnico-administrativos aprovaram indicativo de greve para o dia 6 de junho.


A aprovação da paralisação dos trabalhos nas universidades federais foi feita durante Plenária Nacional da Fasubra - federação que representa os técnico-administrativos -, realizada na sexta e sábado, 13 e 14 de maio. De acordo com a deliberação, a radicalização do movimento sindical será concretizada caso o MPOG continue indisposto a negociar na reunião agendada para o próximo dia 24. A reunião pauta a discussão de ações judiciais e benefícios, além dos temas pendentes das outras reuniões, como aumento do piso salarial, racionalização dos cargos, VBC (Vencimento Básico Complementar) e reposicionamento dos aposentados.

"Ele (secretário de Recursos Humanos do MPOG) terá que apresentar propostas concretas. No mínimo, 50% da nossa pauta deverá ser atendida", afirma o coordenador geral da Fasubra, Paulo Henrique Santos. Segundo o dirigente sindical, um dos pontos que a Fasubra não abre mão é o aumento do piso salarial para 3 salários mínimos, mais step de 5% (diferença percentual entre um padrão salarial e o seguinte). Atualmente, o piso da categoria é de 2 salários mínimos e o step é de 3,6%.

"Tivemos negociações em 2007 que estabeleceram tabelas para 2008, 2009 e 2010, mas temos que considerar todo o período de inflação, mais a reivindicação de ganho real", explica Paulo Henrique, que faz questão de lembrar que os técnico-administrativos são a categoria de menor piso do Poder Executivo, o mais desvalorizado dos Poderes do Brasil.


A Fasubra orienta que, após a reunião com o governo no dia 24, os sindicatos de base realizem assembleias para avaliar se houve avanço no encontro e se a greve realmente deverá ser deflagrada no dia 6 de junho. No dia 31 de maio, a Federação realiza nova Plenária que considerará os encaminhamentos da categoria em todos os estados e indicará ou não a deflagração do movimento paredista.


O Sintfub realizará assembleia nesta quinta-feira (19) para informar a categoria sobre os encaminhamentos da última Plenária da Fasubra. A assembleia que decidirá sobre a adesão dos trabalhadores da UnB ao movimento grevista será agendada após o dia 24, como indica o calendário da Federação. "Estamos dispostos a entrar em greve. Na verdade, nunca perdemos esta disposição. Entretanto, não podemos entrar sozinhos nesta briga. Temos que construir um movimento forte em todo o País", avalia o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes.