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TCE aponta outro contrato suspeito da Alstom com o governo de São Paulo

Publicado: 13 Junho, 2008 - 10h47

A mais nova irregularidade do caso Alstom foi constatada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo, que considerou irregular um contrato de R$ 7 milhões em 2006, sem licitação, com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para o fornecimento de equipamentos de controle automático de velocidade de trens.

A dispensa de licitação foi embasada por uma certidão emitida pelo sindicato patronal que reúne empresas de equipamentos ferroviários e rodoviários, que atestou que a Alstom era a única empresa que poderia fornecer os equipamentos para a CPTM. Acontece que um dos dirigentes do sindicato, Luiz Fernando Ferrari, é também diretor da área comercial da multinacional francesa. Ou seja, o responsável por atestar que a Alstom era a única empresa capaz de fornecer o material e, portanto, não tinha como abrir concorrência, foi o mesmo que assinou o contrato de venda para autarquia em dezembro do ano passado.

Segundo a bancada do PT na Assembléia Legislativa, de 1993 a 2003, período em que as polícias da França e Suíça investigam a suspeita da Alstom ter pago propinas para ganhar licitações, foram firmados 96 contratos com o Metrô, CESP, Força e Luz, CPTM, CTEEP, Dersa, Eletropaulo, Emae, Prodesp e Sabesp.

Até agora, há pelo menos seis contratos julgados irregulares pelo TCE, que totalizam R$ 1,378 bilhão.

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