Taxa de desemprego fica estável em 6,6% e emprego com carteira assinada bate recorde
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.426) mostrou estabilidade no trimestre e crescimento de 3,2% no ano, no trimestre terminado em abril, mostra pesquisa PNAD Contínua do IBGE
Publicado: 29 Maio, 2025 - 09h24 | Última modificação: 29 Maio, 2025 - 09h35
Escrito por: Redação CUT

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,6% no trimestre terminado em abril, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (29).
A taxa de desocupação não teve variação significativa frente ao trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025 (6,5%) e caiu 1,0 p.p. ante o trimestre móvel de fevereiro a abril de 2024 (7,5%).
Indicador/Período | Fev-mar-abr 2025 | Nov-dez-jan 2025 | Fev-mar-abr 2024 |
Taxa de desocupação | 6,60% | 6,50% | 7,50% |
Taxa de subutilização | 15,40% | 15,50% | 17,40% |
Rendimento real habitual | R$3.426 | R$3.414 | R$3.319 |
Variação do rendimento habitual em relação a: | (estável) 0,4% | 3,20% |
O número de empregados no setor privado com carteira assinada (exclusive trabalhadores domésticos) foi recorde: 39,6 milhões. Houve crescimento de 0,8% (mais 319 mil pessoas) no trimestre e alta de 3,8% (mais 1,5 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado (13,7 milhões) ficou estável no trimestre e no ano.
O número de empregados no setor público (12,7 milhões) mostrou aumento de 1,8% no trimestre e expansão de 3,5% (mais 427 mil pessoas) no ano.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.426) mostrou estabilidade no trimestre e crescimento de 3,2% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 349,4 bilhões) foi novo recorde, mantendo estabilidade no trimestre e aumentando 5,9% (mais R$ 19,5 bilhões) no ano.
Frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2024, cinco grupamentos cresceram: Indústria Geral (3,6% ou mais 471 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,7% ou mais 696 mil pessoas), Transporte, armazenagem e correio (4,5% ou mais 257 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (3,4% ou mais 435 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,0% ou mais 731 mil pessoas). Houve redução no grupamento de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (4,3% ou menos 348 mil pessoas).
“A estabilidade nas taxas de desocupação e subutilização confirma o que o primeiro trimestre apontou, ou seja, uma boa capacidade de absorção dos empregos temporários constituídos no último trimestre de 2024”, explica William Kratochwill, analista da pesquisa.
Outros dados
A população desocupada (7,3 milhões) apresentou estabilidade na comparação com o trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025 (7,2 milhões). Porém, no confronto com igual trimestre do ano anterior (8,2 milhões), apresentou queda de 11,5% (menos 941 mil pessoas).
A população ocupada (103,3 milhões) ficou estável no trimestre e aumentou 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 58,2%, mostrando estabilidade no trimestre (58,2%) e variando 0,9 p.p. no ano (57,3%).
O número de trabalhadores por conta própria (26,0 milhões) ficou estável no trimestre e, no ano, subiu 2,1% (mais 544 mil pessoas). Já o número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões) apresentou estabilidade no trimestre e no ano.
A taxa de informalidade foi de 37,9% da população ocupada (ou 39,2 milhões de trabalhadores informais), contra 38,3% (ou 39,5 milhões) no trimestre encerrado em janeiro e 38,7% (ou 39,0 milhões) no trimestre de fevereiro a abril de 2024.
A taxa composta de subutilização (15,4%) mostrou estabilidade no trimestre (15,5%) e teve queda de 2,0 p.p. no ano (17,4%). A população subutilizada (18,0 milhões) também ficou estável no trimestre (18,1 milhões) e recuou 10,7% (menos 2,1 milhões de pessoas) no ano (20,1 milhões).
“O mercado de trabalho apresentando níveis mais baixos de subutilização da população em idade de trabalhar, como vem acontecendo, naturalmente impulsiona as contratações formalizadas, uma vez que a mão de obra mais qualificada exige melhores condições de trabalho”, observa William.
Para ler a pesquisa completa do IBGE, clique aqui.