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SP: Trabalhadores da saúde mantêm mobilização contra descaso do governo de Tarcísio

Sindicato afirma que paralisação foi suspensa, mas luta continua até o atendimento das reivindicações

Publicado: 06 Outubro, 2025 - 11h25 | Última modificação: 06 Outubro, 2025 - 11h36

Escrito por: SindSaúde-SP

Luiz Carvalho/SindSaúde
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Após encerrar a paralisação de 48 horas na última sexta-feira (3), trabalhadores e trabalhadoras da saúde do estado de São Paulo afirmam que o movimento grevista continua. Segundo o presidente do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi, uma nova assembleia será convocada para definir os rumos da campanha. “Não vamos parar até conquistar a pauta da categoria”, afirmou.

A paralisação aconteceu diante do descumprimento de acordo por parte do governo do estado de São Paulo, que não pagou a Bonificação por Resultados (BR) no quinto dia útil de setembro e não apresentou a proposta de novo valor do auxílio-alimentação dentro do prazo estabelecido em mesa de negociação realizada em 17 de julho, com a Casa Civil, Secretaria de Estado da Saúde e Secretaria de Gestão e Governo Digital.

O SindSaúde-SP registrou movimento de trabalhadores em 37 unidades de saúde em todo o estado (veja lista completa ao final). Durante os dois dias de paralisação os profissionais se mantiveram mobilizados em frente às unidades com faixas, cartazes, entregando cartas abertas à população e dialogaram com os usuários para explicar como o descaso do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) afeta a saúde pública e prejudica quem está todos os dias prestando o atendimento. Também foram realizadas marchas dos trabalhadores próximas aos hospitais com fechamento de vias.

De acordo levantamento da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no SindSaúde-SP, em todo o estado, são mais de 50 mil profissionais das diversas categorias que podem ser beneficiados com a luta em defesa do pagamento da Bonificação por Resultados e pelo aumento do vale-alimentação.

São profissionais que atuam na administração direta, tanto na Secretaria de Estado da Saúde (SES) quanto na Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), em autarquias e fundações de saúde ligadas ao governo do Estado de São Paulo, como os(as) dos hospitais das clínicas de São Paulo, de Ribeirão Preto, de Botucatu e de Marília e trabalhadores(as) que atuam no Iamspe em todo o estado, seja no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) ou nos Centros de Atendimento Médico-Ambulatorial (Ceamas).

Pauta

A categoria exige o aumento do valor pago para alimentação, que está congelado R$ 12 desde 2018 e o pagamento da Bonificação por Resultados, principalmente, após o reajuste salarial deixar de fora os profissionais que têm os menores salários.

“É inadmissível o estado mais rico do país deixar alguns trabalhadores da saúde sem nenhum reajuste salarial e pagar apenas R$ 12 de vale-alimentação para o funcionalismo público por dia útil trabalhado e seguir privatizando todo o sistema público de saúde”, criticou o presidente do SindSaúde-SP.

Além da BR e do reajuste do vale-alimentação, o governo se comprometeu com outras duas pautas, que ainda estão dentro do prazo. A primeira delas é concluir os estudos e apresentar a proposta para ampliar o valor da Gratificação pelo Desempenho e Apoio à Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Gdamspe), até o início da segunda quinzena de outubro. A segunda é apresentar até o final deste ano uma proposta para a revisão da tabela do Prêmio de Incentivo.