Sinergia assina Acordo Coletivo na CPFL que...
Publicado: 21 Julho, 2009 - 11h59
Escrito por: Sinergia CUT
O Sinergia CUT assinou nesta segunda (20) o Acordo Coletivo de Trabalho da CPFL, resultado de negociação no tribunal. Graças à intervenção do Sinergia CUT, a proposta garantiu o reajuste de 6,4% aos trabalhadores.
As assembleias deliberativas aconteceram na primeira semana de julho e os trabalhadores aprovaram a proposta que saiu no Tribunal e o desconto da taxa negocial (6,4%), que incidirá sobre o salário de agosto e na parcela da PLR paga em abril de 2010.
Cartas de oposição
A partir desta terça (21) começa a contar o prazo de dez dias para a entrega da carta de oposição ao desconto da taxa negocial. Portanto, os trabalhadores que não são filiados ao Sinergia CUT têm de 21 a 30 de julho, das 8h30 às 12h e das 14h às 18h para protocolar as cartas de oposição na sede ou nas macrorregiões do Sinergia CUT.
A CS 2009 na CPFL
Vale lembrar que, se dependesse da manobra da CPFL Energia e do Sintius (Sindicato dos Urbanitários de Santos), que preferiram jogar a Campanha Salarial para a Justiça, a proposta econômica ficaria nos 5,5% (proposta que já havia sido rejeitada em rodada anterior).
Foi a capacidade de negociação do Sinergia CUT durante a audiência realizada no dia 01 de julho pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª Região, em São Paulo, que o reajuste dos salários chegou aos 6,4% e o de benefícios ficou em 6%.
Manobra perigosa
Conforme divulgado pelo Sinergia CUT, a negociação da Campanha Salarial na CPFL Piratininga acabou sendo encaminhada para a Justiça porque o Sintius blefou que ia fazer greve, o que fez a empresa entrar com uma ação cautelar junto ao TRT.
Diante disso, o Tribunal convocou uma audiência de instrução e conciliação, somente com a participação do Sintius e da CPFL Piratininga. Durante a audiência, CPFL e Sintius fizeram um acordo para envolver todas as demais entidades e jogar todos os trabalhadores da holding em cenário de dissídio.
Intimado pelo TRT de São Paulo, o Sinergia CUT participou então da audiência para, como Sindicato majoritário da CPFL Energia, atender à Justiça, reforçar a rejeição da proposta da empresa e solicitar a reabertura da mesa de negociação.
Bom ressaltar que a prática do Sinergia CUT sempre foi a de conduzir as negociações da Campanha Salarial para chegar a uma proposta negociada na mesa, sem chance de levar o ACT para dissídio coletivo, correndo o risco de prejudicar os trabalhadores.
A proposta
Na prática, o reajuste proposto pela CPFL é de 6% também para os salários. O acréscimo de 0,4% vem da verba de 1% da Política de Movimentação de Pessoal por Desempenho, que já está prevista no atual Acordo Coletivo. O 0,6% restante será pago em abono não incorporado aos salários. Para a direção do Sinergia CUT, o avanço econômico tem dois lados: "É positivo que o 1% seja distribuído de forma igual para todos os trabalhadores. Mas é lamentável que a CPFL só aumente o reajuste usando uma verba dos próprios trabalhadores, sem mexer no alto lucro da holding".