Sindicomerciários/ES: reabertura do...
Publicado: 16 Junho, 2011 - 11h43
Escrito por: Sindicomerciários/ES
Movido por interesses alheios à relação trabalhista entre o Sindicato dos Comerciários do Estado do Espírito Santo (Sindicomerciários/ES) e a Federação do Comércio capixaba, o titular da 19ª Promotoria de Defesa do Consumidor de Vitória, Saint`Clair do Nascimento, ingressou na última segunda-feira, dia 13, com ação pública contra o fechamento dos supermercados aos domingos.
O fim do trabalho aos domingos nos supermercados é uma conquista histórica do Sindicomerciários/ES e foi garantida há três anos através de Convenção Coletiva de Trabalho. Atualmente, o Espírito Santo é a única unidade da Federação onde os trabalhadores de supermercados têm o direito de dedicar esse dia ao convívio familiar, ao lazer, ao descanso e à atividade religiosa.
Saint`Clair afirma que a decisão de manter o estabelecimento fechado “é inoportuna e prejudica os capixabas que têm a oportunidade de fazer as compras só naquele determinado dia da semana”. As pesquisas desmentem a suposição do promotor. Enquete realizada há três anos pelo instituto Futura constatou que o consumidor capixaba defende o descanso dos trabalhadores no comércio aos domingos e que não vê problemas em transferir as compras naquele dia para outros dias da semana.
O fechamento dos supermercados aos domingos tem apoio, inclusive, do setor patronal e suas entidades representativas, como a Associação Capixaba de Supermercados (Acaps). O presidente da Associação, João Carlos Devens, já deixou claro que é a favor da manutenção do veto à abertura das lojas aos domingos. "Não vejo a necessidade da reabertura. Os consumidores se adaptaram e atualmente preferem adiantar as compras", entende Devens.
Para o presidente do Sindicomerciários/ES, Jakson Andrade Silva, a reabertura dos supermercados aos domingos é inegociável. “Pelo contrário, nossa luta é pela expansão desse direito para o conjunto dos trabalhadores do comércio”, enfatiza o dirigente. Jakson inclusive já se acostumou com as investidas contra essa conquista histórica da categoria. “Todo ano é a mesma novela, volta e meia surge um elemento estranho à categoria tentando faturar politicamente em cima desse direito dos trabalhadores”, finaliza Jakson.