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Sindicato se reúne com Segup para...

Publicado: 11 Agosto, 2010 - 14h33

Escrito por: Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá

OSindicato dos Bancários do Pará e Amapá (Seeb PA/AP) se reuniu na manhã destaterça-feira, 10 de agosto, com o secretário de Segurança Pública do Pará(Segup), Geraldo Araújo, e a equipe de inteligência da Segup para estudarformas do Estado, em parceria com a categoria bancária e a sociedade em geral,combater a insegurança em agências e postos de atendimento bancário no Pará.


Durante a reunião ficou claro que apesar de o Governo ter aumentadosignificativamente os investimentos em segurança pública, os bancos seguem nacontramão; prova disso é que em 2009, os trabalhos dos setores táticos e derepressão ao crime organizado da polícia paraense levaram a prisão de 96assaltantes de bancos. E agora em 2010, novas quadrilhas foram desbaratadas,sendo que a maioria atuava na região nordeste e sudeste do Estado.


Um levantamento feito pelo Sindicato aponta que somente nesse ano, 12 assaltosa bancos foram registrados no Pará, todos no interior do Estado. Asestatísticas desse ano já correspondem quase a totalidade do ano passado, emque 14 ataques a bancos aconteceram em todo o Estado.


Já outro levantamento feito pela Segup revela que a ação dos criminosos, noscasos de assalto e sapatinho (sequestro de gerentes em suas residências paraefetuar assaltos), concentra-se mais nos postos de atendimento bancário (PAB's)da capital e agências do interior do Estado. Já os crimes de saidinha são emsua maioria registrados na região metropolitana de Belém, sobretudo no horárioentre às 12h e 14h.


Os números poderiam ser bem menores se os bancos investissem na segurança deseus funcionários e clientes. No Pará, por exemplo, as leis de segurançabancária são diversas, mas poucas ou quase nenhuma são aplicadas e aargumentação por parte dos bancos para o não cumprimento das referidas leis sãoa quebra do padrão nacional de layout das agências e os custos para asadaptações exigidas, que seriam muito relevantes, apesar de ser de ciênciapública que as empresas bancárias são as detentoras dos maiores lucros no país.


É raro encontrar alguma agência ou PAB com porta de segurança ou fachadablindada, como determina a Lei Estadual nº 7.013/2007 (que obriga a instalaçãode portas de segurança [giratórias] em todos os acessos destinados ao público,blindagem das portas e devida adequação das fachadas de vidro das agências).


Além disso, as áreas que dão acesso aos caixas, inclusive os eletrônicos,também são frágeis em segurança e deixam os clientes expostos a ação decriminosos.


Por insistência do Sindicato em cobrar segurança também para essas áreas dasagências, já é lei em Belém (8.766/2010) e em Ananindeua (2438/2010), ainstalação obrigatória de barreiras físicas (biombos) em caixas e nos terminaiseletrônicos, o que já ocorria somente no Banpará, mesmo antes da lei; emonitoração e gravação eletrônica de imagens através de circuito fechado detelevisão da área externa das agências.


Outra luta do Sindicato é fazer com que os bancos destinem a posse das chavesdas agências a empresas de segurança especializadas, e não mais aos bancários,como forma de combater os crimes de sapatinho.


Avaliação e encaminhamentos - O diretor jurídico do Sindicato, Sandro Mattos,avaliou como positiva a audiência com a Segup nesta terça-feira. Ele destacou ointeresse do Governo do Estado em querer melhorar a segurança nos bancos emparceria com a categoria bancária, assim como os investimentos públicos naformação policial e na ampliação do efetivo tático para combater as quadrilhasque atuam no Pará.


"Essa parceria entre os bancários, a sociedade paraense e o Governo doEstado tem se consolidado desde 2008, quando formamos o Grupo de Trabalho deSegurança Bancária. De lá pra cá temos percebido o empenho, por parte dogoverno, em querer, de fato, melhorar a segurança nas agências. O que já nãoocorre por parte dos bancos. E por isso, vamos continuar na luta para que osbanqueiros também assumam essa responsabilidade e passem a investir seriamenteem segurança", comenta Sandro Mattos.


Até o final deste mês uma nova audiência sobre segurança, mais ampliada, deveráser chamada pelo Sindicato e a Segup, com a participação da Polícia Federal,Polícia Militar e representantes dos bancos.