Sindicato dos Metalúrgicos do ABC lança...

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC lançou seu Coletivo de Relações Internacionais nesta quinta-feira (2), no salão de convenções do Ceasar Park da Vila Olímpia, em São Paulo. O lançamento foi realizado durante a 1ª Conferência "Expressões da Globalização, Análises Comparativas Brasil-Alemanha", evento que reúne 200 dirigentes sindicais metalúrgicos dos dois países.

A maioria das principais empresas do Brasil são multinacionais e suas decisões mais importantes, como abertura e fechamento de unidades, são tomadas nas matrizes, que ficam fora do País. "Essas empresas têm estratégias. O trabalhadores também precisam ter sua estratégia internacional", afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre.

O Coletivo terá a tarefa de fazer o acompanhamento das experiências da CUT e da CNM/CUT na área, reforçando parcerias internacionais. "Estamos trazendo para o coletivo pessoas que vivenciam relações internacionais, gente do movimento sindical e das universidades que pode elaborar um programa e estudar de forma permanente as relações internacionais. O objetivo é capacitar nossos dirigentes nesta área e, assim, melhorar as condições de trabalho e renda", afirma Nobre.

O Coletivo também tem entre seus objetivos combater o trabalho precário, problema que piora com crises econômicas internacionais. Ao aproximar os trabalhadores e dirigentes sindicais do Brasil com os de outros países, a instância garante que haja o mínimo de nivelamento para impedir que as empresas não utilizem a precarização (terceirização, salários baixos) na disputa de mercado.

Com a consultoria de Kjeld Jakobsen, ex-secretário de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, o Coletivo é composto por dirigentes do Sindicato que já integram conselhos globais e comitês mundiais em suas empresas. No ABC, esse trabalho já é desenvolvido por trabalhadores de empresas como a Ford, Volkswagen, Mercedes-Benz, Rolls-Royce entre outras.