• Kwai
MENU

Sindicato dos jornalistas de DF denuncia assédio e perseguição na EBC

Desde a posse de Jair Bolsonaro, trabalhadores e trabalhadoras da EBC têm denunciado a conduta das chefias da empresa

Publicado: 15 Janeiro, 2021 - 14h54 | Última modificação: 15 Janeiro, 2021 - 14h58

Escrito por: Redação CUT

Agência Brasil
notice

Vários sindicados e entidades que representam jornalistas e radialistas denunciam assédio e censura que trabalhadores e trabalhadoras da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), vêm enfrentando desde a posse de Jair Bolsonaro (ex-PSL).

Eles relatam que a censura não é o suficiente para a direção da empresa, que ainda descumpre a finalidade de informar os cidadãos, e afirmam que há uma onda de perseguição contra empregados na EBC.

A jornalista Letycia Bond, que é representante dos trabalhadores eleita para a Comissão de Empregados da EBC, repórter da Agência Brasil em São Paulo, foi afastada de suas funções e transferida de forma compulsória para a produção da TV Brasil.

Letycia é especializada na área de Direitos Humanos, uma das editorias mais censuradas na EBC desde a posse de Jair Bolsonaro. Nessa terça-feira (12), em mais uma tentativa de censura e perseguição, ela foi informada pelas gerentes da Agência Brasil que a ordem de sua transferência veio da diretora de jornalismo, Sirlei Batista.

Mesmo sendo empregada do quadro efetivo da empresa, os sindicatos e a comissão já receberam inúmeras denúncias de que Sirlei é apontada pelas chefias da Agência Brasil, da TV Brasil e das rádios MEC e Nacional como a responsável por diversos atos de censura e perseguição aos trabalhadores.

Segundo o texto divulgado no Facebook pelo Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, esse não é um caso isolado. Em outros momentos trabalhadores foram transferidos forçadamente.

Em um episódio recente, também ocorrido na Agência Brasil, uma coordenadora chegou a "sugerir" que uma repórter da equipe pedisse transferência, numa espécie de ameaça velada.

“Causa espanto os gestores da Agência Brasil, TV Brasil e rádios MEC e Nacional, empregados também do quadro permanente, participarem das práticas de censura e perseguição. Esses mesmos gestores deveriam ser os primeiros a defender a missão pública da EBC. Ao contrário, participam ativamente dos atos de censura e assédio moral”, disse em nota o sindicato.

Veja a lista de sindicatos denunciam o assédio e a censura EBC:

Comissão de Empregados da EBC

Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo (SJSP)

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF)

Sindicato dos Radialistas de São Paulo (Sinrad-SP)

Sindicato dos Radialistas do Distrito Federal (Sinrad-DF)

Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro (Sinrad-RJ)

 

Com informações do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal