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Sindguardas realiza assembleia para decidir...

Publicado: 21 Setembro, 2009 - 12h06

Escrito por: Luiz Carvalho

 

No dia 22 de setembro, às 19h30, o Sindicato dos Guardas Civis Metropolitanos de São Paulo (Sindguardas), filiado à CUT/SP, promove assembleia na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (rua Tabatinguera, 192, próxima a estação Sé do Metrô).

O encontro é uma resposta à intransigência do prefeito paulistano, Gilberto Kassab, que traiu a confiança dos guardas civis metropolitanos (GCM). No dia 01 de setembro, após cruzar os braços por oito dias, os trabalhadores se reuniram com o vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, Nelson Nazar, e resolveram atender o pedido de voltar ao trabalho diante da promessa de diálogo com o poder municipal.

Conforme acordo, a categoria aguardaria uma resposta do prefeito Gilberto Kassab à pauta de reivindicações até o dia 20 de setembro. Mais uma vez, Kassab desrespeitou a GCM e não acenou com a abertura de qualquer canal de negociação.

Ao contrário, resolveu perseguir os guardas. Segundo Clóvis Roberto, secretário de finanças do Sindguardas, 150 GCMs foram transferidos de seus locais de trabalho, após participarem do movimento grevista. "O Kassab alegou que as mudanças são rotina, mas só quem cruzou os braços recebeu a ordem de transferência. No Parque do Ibirapuera, por exemplo, um terço do efetivo, exatamente aqueles que integraram a mobilização, foram transferidos", afirmou.

O sindicato orientou os guardas a solicitarem a justificativa para a mudança, conforme prevê a lei municipal 13530, mas até o momento, nenhum trabalhador recebeu qualquer resposta da prefeitura.

Braços cruzados contra mentiras
A Guarda Civil Metropolitana resolveu suspender as atividades pela primeira vez na história da corporação no dia 25 de agosto como resposta à falta de comprometimento do prefeito Gilberto Kassab com os servidores. A greve contou com a adesão de 70% dos 6 mil GCMs.

Em setembro do ano passado, às vésperas das eleições municipais, Kassab, candidato à reeleição, apresentou uma série de propostas à guarda: nova lei de remuneração dos guardas e aprimoramento do Plano de Carreira, aumento do efetivo, contratação de trailer com sanitários e sala de refeição, aquisição de novos uniformes, armamento moderno, novas motocicletas, implantação do sistema digital de telecomunicação e aquisição de rádios para todos os guardas em atividade operacional.

Um ano depois, nenhuma das promessas foi cumprida.
A Guarda Civil Metropolitana exige 17,40% de reposição salarial, equiparação do padrão salarial inicial da categoria ao padrão de outros trabalhadores de nível médio do município que cumprem 40 horas (os guardas recebem R$ 534 como salário base, valor inferior aos R$ 645,61 pagos aos servidores de mesmo nível em São Paulo) e reivindicam a elevação do Regime Especial de Trabalho Policial (RTP) de 60% para 140%. Além das cláusulas econômicas, a guarda luta por extensão do Vale Alimentação a todos os trabalhadores, a promoção de cursos de capacitação e aperfeiçoamento e o fornecimento de equipamentos e armamento para suprir as necessidades da corporação, entre outros 26 itens da pauta que foi entregue em abril deste ano ao poder público.

300% de aumento para os secretários
A comparação salarial dos guardas paulistanos com o de outros municípios da Grande São Paulo mostra que a GCM da capital fica em 22.ª no ranking, acima apenas dos trabalhadores de Embu Guaçu, Poá, Suzano e Pirapora.

Enquanto isso, no dia 21 de agosto de 2009, o prefeito anunciou o aumento do salário dos secretários em 300%. Os vencimentos passarão de R$ 5,3 mil para R$ 21,5 mil. Os subprefeitos não ficam atrás: terão os salários reajustados de R$ 6,7 mil para R$ 18,5 mil, índice de 160% de elevação.