Servidores e servidoras públicos fazem ato...
Adesão à greve por tempo indeterminado, deflagrada na terça-feira, cresce a cada dia
Publicado: 12 Maio, 2014 - 11h06
Escrito por: Rogério Hilário/CUT-MG
Milhares de servidores e servidoras públicos municipais, em greve por tempo indeterminado desde a última terça-feira (6), lotaram a porta da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), no Centro da capital mineira, na sexta-feira (9), em ato público para mobilizar as categorias e aumentar a adesão ao movimento. A manifestação, que começou por volta das 9 horas, interrompeu o trânsito em uma das pistas da Avenida Afonso Pena por cerca de duas horas e trinta minutos. Trabalhadores e trabalhadoras exigem reajuste de 15% e vale-refeição de R$ 28, entre outras reivindicações. A PBH ofereceu apenas 5,76% de aumento e mais R$ 1 sobre o valor atual do vale-refeição a partir de outubro.
De acordo com Israel Arimar de Moura, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), a adesão à paralisação vem aumentando a cada dia, principalmente por causa das decisões da prefeitura, que revoltam ainda mais as categorias. “Os salários dos 600 servidores que ganham acima de R$ 15 mil já haviam sido reajustados em 30%, enquanto para quem recebe entre R$ 1 mil e R$ 2 mil a prefeitura ofereceu 5,76%. Se não bastasse isso, ofereceu aos trabalhadores terceirizados da SLU, que entraram em greve junto com as demais categorias, e ficaram parados 72 horas, 14% de reajuste e vale-refeição de R$ 20. Diante disso, a adesão só tem aumentado: 100% do BH Resolve estão paralisados, pararam 80% dos trabalhadores e trabalhadoras da assistência social, 80% dos assistentes de procuradoria paralisaram as atividades, a coleta de lixo domiciliar parou 100%. As adesões da saúde, da educação e das demais categorias crescem a cada dia”, afirmou o presidente do Sindibel.
“Servidores e servidoras municipais, com a greve e este ato público, mostram à população as mentiras do prefeito Marcio Lacerda. A paralisação tende a crescer. Saúde, educação, assistência social, SLU, administração precisam parar totalmente e pressionar a prefeitura a negociar. Parabéns ao Sindibel e ao Sind-Rede por organizar tão bem este movimento, que tem que aumentar para avançar mais”, disse a secretária de Políticas Sociais da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG), Lourdes Aparecida de Jesus Vasconcelos.
Sindibel, Sind-Rede e outras entidades que representam as categorias que estão em campanha salarial unificada se reúnem segunda-feira (12) com representantes da Prefeitura de Belo Horizonte. Na próxima quarta-feira (14), acontece nova assembleia geral, às 14 horas, na Praça da Estação, Região Central da capital mineira.