Servidores e movimentos sociais fazem ato em defesa do serviço público em Aracaju
Protesto nesta terça-feira denuncia avanço da privatização na saúde, educação e assistência social em Sergipe
Publicado: 28 Outubro, 2025 - 15h00 | Última modificação: 28 Outubro, 2025 - 15h09
Escrito por: Iracema - CUT Sergipe | Editado por: Walber Pinto
Uma manifestação pública está marcada para a tarde desta terça-feira (28), a partir das 14h, no Calçadão da João Pessoa, em frente à Caixa Econômica Federal, no centro de Aracaju. O ato é organizado pela Frente Ampla Contra as Organizações Sociais e em Defesa do Serviço Público, que reúne sindicatos de servidores e centrais sindicais, entre elas a CUT-SE.
O protesto é uma reação à ampliação do modelo de Organizações Sociais (OSs) na gestão da saúde, educação e assistência social em Sergipe. Segundo os organizadores, o objetivo é chamar atenção para os impactos da privatização nessas áreas e defender o fortalecimento do serviço público.
Em Carta Aberta divulgada pela Frente, os sindicatos afirmam que a atual crise na saúde pública do estado está relacionada às tentativas de privatização dos serviços e alertam que o modelo pode se estender a outros setores, como escolas, creches e centros de assistência social.
O documento também critica a atuação do Governo do Estado e da Prefeitura de Aracaju, que, segundo a Frente, vêm ampliando a transferência de serviços públicos a empresas privadas com o formato de Organizações Sociais. A carta cita decisões da Justiça Federal e do Ministério Público Federal que, de acordo com as entidades, restringem a atuação do setor privado à função complementar, sem fins lucrativos.
Ainda conforme o texto, auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) apontaram irregularidades e desvios em contratos de OSs em outros estados, o que, segundo os sindicatos, levanta preocupações sobre transparência e uso de recursos públicos.
As entidades defendem medidas como a convocação de concursados, auditoria nos repasses financeiros, realização de novos concursos públicos, maior transparência na gestão da saúde e o fortalecimento dos conselhos de controle social.
O ato desta terça-feira pretende reafirmar a posição dos movimentos sindicais e sociais em defesa do serviço público e contra a terceirização e privatização de áreas essenciais.