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Publicado: 06 Maio, 2010 - 18h49

Escrito por: Hora do Povo



 

Durante o anúncio do Plano Nacional deBanda Larga (PNBL), o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, observou que osatuais serviços de banda larga oferecidos pelas teles são para poucos, caros ede má qualidade. “É uma banda larga bem estreita”, afirmou. Para o ministro, ofato de a oferta de internet rápida se restringir a poucas regiões prejudica,inclusive, o trabalho dos recenseadores do IBGE.

 

No diagnóstico apresentado pelo governo, ogasto com banda larga na renda mensal per capita no Brasil é de 4,5%, enquantoque na Rússia é de 1,68% e nos países desenvolvidos é de 0,5%. Os valores noBrasil representam cinco vezes os do Japão, 2,7 vezes os da Rússia e 2,5 vezeso do México.

 

Por outro lado, apenas 21% dos domicíliospossuem banda larga, localizados principalmente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste.A banda larga é muito lenta: 33% das conexões são de até 256 kbps e só 1% dasconexões são superiores a 8 Mbps.

 

Com o PNBL, a Telebrás irá cobrar R$230/mbps em sua oferta de rede, contra os R$ 1,4 mil cobrados pelas teles, emmédia, pela mesma capacidade. Qualquer interessado poderá comprar capacidade narede estatal, sejam elas empresas pequenas, médias ou grandes.

 

Segundo o coordenador dos Projetos deInclusão Digital da Presidência da República, Cezar Alvarez, foi analisada aproposta apresentada pela operadora Oi, pela qual o governo arcaria com umcusto de R$ 27 bilhões, mais que o dobro com o PNBL proposto pela comissãointerministerial que prevê um custo total de R$ 13 bilhões. “Além da iniciativada Oi em apresentar seu estudo, o governo também considerou positiva a propostados pequenos provedores, que prometem fazer pela metade do preço, assim como ainiciativa de outra empresa, que diz fazer por menos ainda, mas ainda não temautorização para fazer banda larga, mas talvez venha a ter. O mercado está semexendo porque sabe que hoje como está não dá para ficar”, disse.

 

Alvarez frisou que as propostas departicipação das teles serão remetidas ao Fórum Brasil Digital, a ser instaladoem junho, que contará com representantes do governo, da sociedade civil einiciativa privada.

 

As teles privatizadas, que se mostraramincapazes de massificar o acesso à internet em alta velocidade, reagiram aoplano, especialmente à reativação da Telebrás, através de uma nota doSinditelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de ServiçoMóvel Celular e Pessoal). As teles asseveram que a reativação da Telebrás violao princípio da isonomia e o “arcabouço legal”, exigindo, pela milésima vez,desoneração.

 

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