Serventuários da Justiça decretam greve...
Trabalhadores reivindicam: reposição de perdas, revisão do plano de cargos e salários e melhores condições de trabalho
Publicado: 20 Setembro, 2011 - 15h20
Escrito por: Assessoria de Comunicação CUT-GO, com informações do Sindjustiça

OsServentuários da Justiça do Estado de Goiás decretam greve geral por tempo indeterminado a partir desta terça-feira, dia 20. Os trabalhadores reivindicam: reposição de perdas salariais em 82,30%, revisão do plano de cargos e salários, pagamento dos benefícios do plano e melhores condições de trabalho.
De acordo com o diretor de comunicação do Sindjustiça, Norval Barbosa, 80% dos trabalhadores irão aderir à greve. Para tanto, serão feitas, durante todo o dia, mobilizações na porta dos fóruns da capital e do interior.
Com o intuito de garantir a legalidade da greve, serão mantidos serviços essenciais, como o trabalho dos oficiais de Justiça para atendimento de mandados de soltura e o recebimento de casos urgentes pelo protocolo judicial.
Os servidores decidiram pela greve em assembleia geral realizada dia 14 passado no auditório do Tribunal de Justiça, que contou com a participação de mais de 480 trabalhadores de 49 comarcas do Estado.
Já se passaram mais de 20 dias desde que o tribunal pediu um prazo de duas semanas para apresentar uma proposta aos trabalhadores e, até agora, nada. Antes de deliberarem a greve, os trabalhadores foram informados pelo Sindjustiça que a entidade buscou soluções para os problemas por diversas vezes, no entanto, a administração não apresentou qualquer sinalização concreta e positiva.
Os servidores da justiça em Goiás estão com os salários deficitários em 82,30%, segundo estudos do Dieese; não têm o plano de cargos e salários cumprido pelo tribunal e recebem o menor salário pago aos servidores da justiça estadual do país, com ordenados que equivalem, em média, a menos de 10% do que é pago aos magistrados. A média geral no país chega a 50% do que recebem os juízes.
Em Goiânia, foi constituído um comando de greve central e outros regionais e locais nas comarcas do interior sob a orientação do Delegado Sindical.