Durante as últimas semanas, toda a população vem acompanhando o caso batizado como Operação Satiagraha, que envolve o banqueiro Daniel Dantas, o ex-prefeito Celso Pitta e o investidor Naji Nahas. Entretanto, um dos fatos que mais chamou atenção foi a postura do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, que em uma semana libertou, por duas vezes, Dantas da carceragem da Polícia Federal em São Paulo. Ele também mandou soltar Pitta e Nahas. Todos eles presos sob suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, entre outros crimes. Contra a corrupção e a impunidade, a CUT/DF realiza nesta sexta-feira, dia 18 de julho, às 10 horas, um ato que terá concentração no Congresso Nacional e seguirá em passeata até o STF.

DANTAS FORA DO ALVO

Nem mesmo a acusação específica de que Daniel Dantas tentara subornar com um milhão de dólares um delegado da Polícia Federal em troca de não ser investigado - motivo de ter sido preso pela segunda vez – fez com que o presidente do STF batesse o martelo contra o banqueiro. Ao contrário, em sua sentença, Mendes criticou o juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, que autorizou a prisão de Dantas. De acordo com o presidente do STF, a fundamentação utilizada por De Sanctis, não era suficiente para justificar a nova prisão de Daniel Dantas. Ele ainda disse entender que, para que o decreto de custódia cautelar seja idôneo, é necessário que especifique, de modo fundamentado, elementos concretos que justifiquem a medida.

Escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal ainda flagraram pessoas próximas a Dantas dizerem que ele só se preocupava com a Justiça de 1ª instância, “uma vez que no STJ e no STF ele resolveria tudo com facilidade”.

A CUT/DF exige que essa trama seja resolvida e esclarecida como forma de respeito à sociedade, uma vez que os bilhões de reais envolvidos no caso saíram do bolso do trabalhador brasileiro. Dinheiro esse que seria destinado à educação, saúde, segurança e outras ações que beneficiassem o povo. A CUT/DF chama toda a população para participar do ato contra a corrupção e a impunidade.