Professores de DF em greve
Assembléia que avaliará o fortalecimento da paralisação ocorre nesta quarta-feira (01/10)
Publicado: 01 Outubro, 2008 - 10h46
Escrito por: Sinpro / DF
O primeiro dia de mobilização dos professores foi de forte adesão da categoria. Apesar das ameaças do governo, que pretende cortar os pontos e considerar os dois dias de paralisação como faltas injustificadas, a maior parte das escolas do DF não teve aulas nesta terça-feira. Na aula pública na Praça do Povo, no Setor Comercial Sul, os professores enfrentaram o sol forte para fortalecer a luta de todos. As nossas conquistas sempre foram do tamanho de nossa luta, e sem uma mobilização forte o governo não vai parar de enrolar e protelar a regulamentação do Plano de Carreira. Por isso é fundamental a presença de todos na assembléia desta quarta-feira, 1º de outubro, em frente ao Buritinga, às 9:30 da manhã.
Nesse primeiro dia da greve de advertência, a atividade principal foi a aula pública na Praça do Povo. Aula pra quem? Uma aula de cidadania para o governo e seus secretários de educação, principalmente. O embate entre Arruda e os professores vem desde o começo do governo, mas o estopim para a paralisação foi a declaração por parte de representantes do governo de que o aumento previsto por lei não seria cumprido. O Plano de Carreira dos professores, assinado pelo governador em dezembro de 2007, prevê um ajuste nos vencimentos no mínimo igual ao do Fundo Constitucional, ou seja, 19,98%. Até hoje vários pontos do Plano não foi regulamentado pelo governo.
"É triste que seja necessário fazer uma paralisação para que uma lei seja cumprida", lamentou a professora Sandra de Souza. A opinião do governo, publicada nos jornais da cidade, é que a greve é um exagero e que a greve não tem justificativa. Os professores pensam de forma diferente: "Pelo nosso histórico, nós sabemos que outras promessas foram descumpridas, e que sem mobilização da categoria essa vai ser mais uma", comentou a professora Mirian Rocha.
Durante a aula pública, os professores puderam rever a longa lista de irritações com o governo: o desmonte dos laboratórios das escolas, a implementação incompleta da escola integral, o projeto de aceleração do ensino comandado pela Fundação Roberto Marinho, o tratamento desumano aos professores na Perícia Médico-Odontológica e a obrigatoriedade de submeter todo atestado à perícia, ainda que apenas de um dia.
Mas houve também momentos de descontração na Praça do Povo. Uma banda tocava um medley do pop nacional, com Lulu Santos, Djavan, Titãs. Professores da Escola Parque 210 Norte realizaram uma bela atividade com material reciclado, na qual os professores formavam círculos e se conectavam uns com os outros usando tampinhas de refrigerante e palitos coloridos de madeira. Tudo para recuperar as energias e chegar ao Buritinga com força total. Portanto, companheiros e companheiras, vamos responder às provocações do governo Arruda comparecendo em peso à assembléia e demonstrando nossa capacidade de mobilização .