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Professor é agredido por seguranças da Câmara dos Deputados

Servidores também foram ofendidos por parlamentar

Publicado: 06 Outubro, 2016 - 19h36 | Última modificação: 06 Outubro, 2016 - 19h49

Escrito por: CUT-SP

Reprodução CNTE
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Professor Carlos Guimarães é agredido por seguranças da Câmara

Professor é atendido após desmaiar (Reprodução CNTE)Professor é atendido após desmaiar (Reprodução CNTE)
A CUT São Paulo repudia a truculência dos seguranças da Câmara dos Deputados contra o coordenador do Coletivo de Juventude da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), integrante do Coletivo Nacional de Juventude da CUT e professor em São Paulo, Carlos Guimarães.

Ao lado da diretoria da CNTE nesta quinta-feira (6), o educador acompanhava a sessão da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, destinada a analisar a PEC 241/16, proposta que representa o desmonte do Estado, principalmente para as áreas da saúde e da educação. Caso seja aprovada, a proposta fará com que direitos e políticas sociais retrocedam, ao passo que trava o país por 20 anos, determinando o
congelamento dos investimentos públicos.

Carlos protestava pacificamente durante uma das falas do plenário, pedindo respeito aos educadores e dizendo que nas escolas públicas
falta até mesmo papel higiênico, estrutura mínima para alunos e professores, quando o deputado federal Danilo Forte (PSB/CE), presidente da comissão, deu a ordem para que Carlos fosse retirado do plenário por seguranças da Câmara.

Os servidores fizeram uma barreira a fim de defendê-lo, mas, mesmo assim, acabou sendo agredido com uma gravata por policiais legislativos
da Câmara e arrastado pelos corredores, onde desmaiou. Foi atendido pela equipe médica da Câmara e teve de fazer exames de saúde após ter passado mal.

Não bastasse a violência contra o professor, os servidores que se manifestavam contrários à PEC e que acompanhavam o debate foram ofendidos pelo deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA) que insinuou que os manifestantes estavam ali por terem emprego público ou
eram pagos por alguma central sindical.

Esse episódio lamentável reflete o momento de intolerância e censura aos grupos, movimentos e cidadãos que protestam contra o avanço do
conservadorismo, chancelado pelo golpe parlamentar de 2016, que possui um pacote de medidas em andamento no Congresso que atacam a classe trabalhadora do Brasil.

Jamais aceitaremos a truculência e a violência tão típicas dos que não aceitam os direitos conquistados pela classe trabalhadora e o progresso do País. Nenhum direito a menos!