Preços dos alimentos caem, mas energia puxa inflação que fecha julho em 0,33%
Índice em julho ficou é 0,33% contra 0,30% de junho. O maior aumento foi no preço da energia, mostra pesquisa do IBGE
Publicado: 25 Julho, 2025 - 11h30 | Última modificação: 25 Julho, 2025 - 11h46
Escrito por: Redação CUT
A inflação no mês de julho fechou em 0,33% - um aumento de 0,03% na comparação com o mês anterior que havia ficado em 0,30%, mostra pesquisa divulgada nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No Índice Nacional do Preço ao Consumidor Amplo (IPCA-15) que mede os custos para famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos se destaca a queda pelo segundo mês consecutivo nos preços do grupo Alimentação e bebidas (menos 0,06%). Em junho, esse grupo recuou 0,02%.
A alimentação no domicílio teve redução de 0,40% nos preços em julho, ante a variação de -0,24% observada em junho. As quedas da batata-inglesa (-10,48%), da cebola (-9,08%) e do arroz (-2,69%) impactaram o resultado. No lado das altas, destacou-se o tomate (6,39%), depois da queda de 7,24% no mês anterior.
Em relação à alimentação fora do domicílio, ocorreu aceleração de junho (0,55%) para julho (0,84%), em virtude dos aumentos do lanche (de 0,32% em junho para 1,46% em julho) e da refeição (de 0,60% em junho para 0,65% em julho).
Artigos de residência também tiveram queda (-0,02%) e Vestuário (-0,10%).
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta no mês de julho. A maior variação e o maior impacto positivo vieram do grupo Habitação, com 0,98% e 0,15 p.p., respectivamente.com destaque para a energia elétrica residencial com altas de 3,01% e 0,12 % como principal impacto individual no índice, permanecendo a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$4,46 a cada 100kwh consumidos.
Além de Habitação, quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no mês de julho: Transportes (0,67%), Despesas pessoais (0,25%), Saúde e cuidados pessoais (0,21%) e Comunicação (0,11%). Alimentação e bebidas (-0,06%), Artigos de residência (-0,02%) e Vestuário (-0,10%) mostraram variação negativa, enquanto Educação (0,00%) teve variação nula.
Já o grupo Transportes apresentou aceleração de junho (0,06%) para julho (0,67%). A alta foi impulsionada pelas passagens aéreas (19,86% e 0,11 p.p.) e pelo transporte por aplicativo (14,55% e 0,03 p.p.). Por outro lado, os combustíveis recuaram 0,57% em julho, com quedas nos preços do gás veicular (-1,21%), do óleo diesel (-1,09%), do etanol (-0,83%) e da gasolina (-0,50%).
Índice anual
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,40% e, nos últimos 12 meses, a variação foi de 5,30%, acima dos 5,27% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Sobre a pesquisa
O indicador abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Com informações do IBGE