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PL da privatização da Copasa deve ser votado nesta terça-feira (2) em Minas Gerais

Oposição alerta para riscos da privatização e critica falta de estudos técnicos sobre o futuro da Copasa

Publicado: 02 Dezembro, 2025 - 10h22

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Walber Pinto

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Apesar das tentativas de obstrução da oposição, a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) aprovou nesta segunda-feira (1º) o parecer favorável ao Projeto de Lei 4.380/25, que autoriza a privatização da Copasa. A expectativa é de que o texto seja levado ao Plenário nesta terça-feira (2), em três reuniões já convocadas para o dia.

Deputados da oposição alertaram para os possíveis impactos da privatização da Copasa. Eles destacaram que a medida pode resultar em aumento de tarifas e prejudicar consumidores, sobretudo os que vivem em regiões com escassez de água.

A deputada federal Beatriz Cerqueira (PT) criticou a ausência de estudos técnicos que justifiquem a desestatização. “O projeto continua tramitando sem um único estudo que demonstre que a privatização seria o caminho para cumprir as metas do Marco Legal do Saneamento Básico”, afirmou.

Já a deputada Bella Gonçalves chamou atenção para o programa Pró-Mananciais, responsável pela preservação de nascentes, barraginhas e áreas de proteção ambiental. Ela teme que o programa seja descontinuado caso a Copasa seja privatizada. Entre as áreas ameaçadas, citou a Mata do Jambreiro, em Belo Horizonte. “Essas áreas serão vendidas ou permanecerão com a Copasa?”, questionou.

O deputado Hely Tarqüínio (PV) reiterou sua posição contrária à privatização, defendendo que a água, por ser essencial à vida, não deve ser explorada pela iniciativa privada. Ele também criticou a falta de participação de prefeitos nas discussões sobre a venda da companhia. “A água é a mãe da vida; não pode ser privatizada”, declarou.

Todos os requerimentos apresentados para adiar a votação foram rejeitados. O relatório do deputado Zé Guilherme foi aprovado, com votos contrários de Beatriz Cerqueira e Hely Tarqüínio.

com informações da CUT-MG*