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Comissão de Direitos Humanos do Parlasul pede à Justiça para visitar Lula

Parlamento do Mercosul inicia reunião com "bom dia, presidente Lula", adere ao Lula livre e encaminha à Justiça do Paraná pedido para fazer uma visita oficial ao ex-presidente nos dias 8 e 9 de maio

Publicado: 27 Abril, 2018 - 15h22 | Última modificação: 27 Abril, 2018 - 17h00

Escrito por: Redação CUT

Ricardo Stuckert
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Com a presença do Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, o Parlamento do Mercosul (Parlasul) entrou nesta sexta-feira (27) na luta pela liberdade do ex-presidente Lula, preso político desde o dia 7 de abril, na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. 

As atividades começaram com os representantes do Mercosul, desejando “Bom dia, Lula!”.

Depois, a deputada argentina Cecilia Britto, presidentente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos do Parlamento do Mercosul, divulgou a carta que enviou à juiza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, pedindo autorização para uma comissão formada por parlamentares da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela visistar o ex-presidente Lula nos dias 8 e 9 de maio. 

Na carta ela diz que a comissão, que tem como competência primária "elaborar e publicar anualmente um relatório sobre a situação dos direitos humanos nos Estados Partes, levando em conta os princípios e normas do Mercosul", aprovou a visita a Lula e pede autorização.

por Samuel Gomes, de Montevidéu, especial para o Viomundo

A parir de hoje o Parlamento do Mercosul entra na campanha pela libertação de Lula. Durante todo o dia, o Parlasul promove atividades de solidariedade ao povo brasileiro na luta pela liberdade de seu maior líder e por eleições livres com Lula candidato.

O dia começa com os representantes dos povos do Mercosul desejando “Buenos días, Lula!” em frente do Palácio do Mercosul, na Rambla Mahatma Gandhi.

Seguem-se debates, manifestações, discursos e coletiva dos membros da Comissão de Direitos Humanos do Parlasul anunciando que vão a Curitiba levar sua solidariedade e visitar Lula.

O panteão dos pais fundadores da Pátria Grande ganha um filho caçula, o retirante Pernambuco que virou metalúrgico, sindicalista, deputado constituinte e Presidente da República. Lula cresce e vira mito.

Ao dizer “Buenos días, Lula!” os povos do Mercosul estarão dizendo:

A América do Sul te abraça, Lula!

O Mercosul te abraça, Lula!

Por nossa voz e nossa palavra o povo argentino, boliviano, paraguaio, uruguaio e venezuelano te abraça, Lula!

Mantenha a serenidade, Lula!

Conserve a firmeza que só os justos pode ter na travessia das mais terríveis tormentas!

A tua indignação é a nossa indignação! É a indignação dos injustiçados, Lula!

Cantemos juntos, Lula, com o cancioneiro popular: “Prá que a nossa esperança seja mais que vingança! Seja sempre um caminho que se deixa de herança!”

A força da tua presença entre nós transmuta a indignação em esperança, Lula!

Você não está só, Lula! Somos todos Lula! Milhões e milhões de Lulas argentinos, bolivianos, brasileiros, paraguaios, uruguaios e venezuelanos!

Os teus verdugos são indignos, Lula! Vis são os teus carcereiros! Ratos, ratazanas togadas e armadas, Lula!

Ninguém se lembrará deles! Seus nomes serão pó com o pó dos seus corpos! Eles morrerão, Lula!

Você não, Lula! Você não morrerá porque o sonho não morre! Porque o sonho é eterno! Você e o eterno povo brasileiro são um só nesta tempo de trevas, Lula!

As grades se abrirão, seu rosto será novamente banhado pelo sol tropical desse gigante Brasil e o calor dos milhões de abraços do teu povo apagarão todas as lembranças do horror! Você é a esperança de milhões Lula! Você é o sonho de milhões.

Os nossos corações estão unidos ao teu nessa hora terrível! As trevas passarão, Lula! O sol voltará a brilhar! E nós estreamos aqui, Lula! Nós estamos aqui, Lula!

*Buenos días, Lula!

A história não detém sua marcha. Preso Lula nasce o mito.

Ricardo StuckertRicardo Stuckert
Da esquerda para a direita: Samuel Gomes,   Benita Díaz,  Adolfo Pérez Esquivel, Eliana Berton  e Nacy Borgoa; as três são parlamentares da Bolívia. Foto Ricardo Stuckert