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Obras completamente paradas

Greve dos operários da construção exige aumento real de 8% e restaurante nos canteiros de Manaus

Publicado: 19 Julho, 2010 - 18h59

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Capital do Amazonas paradaCapital do Amazonas paradaEm greve desde o dia 8 em Manaus,os operários da construção civil exigem aumento real de 8% no piso – atualmentede R$ 770, restaurante nos canteiros de obras, cesta básica no valor de R$80,00 e ajuda humanitária para os acidentados. A pauta unifica os cerca de 10mil operários sindicalizados e mantêm paralisadas as 110 maiores obras deManaus

De acordocom Roberto Bernardes de Andrade, presidente do Sindicato dos Trabalhadoresna Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sintracomec), “a partir da mobilização,que conta com o apoio da Conticom/CUT e de inúmeros sindicatos, várias empresasde porte já organizaram suas cozinhas industriais e também começam a negociar aquestão da ajuda humanitária”. “Quando o trabalhador se acidenta ele é afastadopelo INSS, mas este valor é pequeno diante do que ele consegue com seu trabalhoem várias frentes. Por isso queremos garantir a ajuda humanitária como cláusulasocial, mesmo que este recurso venha a ser descontado em parcelasposteriormente”, destacou Roberto.

O Sindicato organizouvárias caminhadas pelo centro da cidade, com os operários entoando palavras deordem pelo aumento e por melhores condições de vida, somando apoios contra ainsensibilidade dos empresários.

Segundo o presidente daFederação da Construção e da Madeira (Fetracom-CUT/AM), Mamede Bemony, outroponto chave é a elevação da faixa salarial dos carpinteiros, pedreiros,bombeiros hidráulicos, armadores e pintores. “Para estes companheiros, além doINPC e dos 2,5% de ganho real, defendemos mais 6%”, acrescentou.

Sem acordo, o julgamentoda greve está marcado para a próxima sexta-feira. “Vamos aguardar mobilizados.Os recursos existem, as obras estão se multiplicando e nada mais justo que ostrabalhadores recebam os frutos do seu suor, a sua parte do bolo do crescimento”,declarou Roberto.