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Novo pólo: indústria naval deve trazer dez mil empregos à Bahia

Publicado: 13 Novembro, 2008 - 10h33

Escrito por: CNM/CUT



Um novo pólo de negócios desponta no cenário econômico brasileiro, o da indústria naval baiana. A iniciativa privada já confirmou investimentos de R$2 bilhões para a construção de três estaleiros na foz do Rio Paraguaçu, localizada no município de Maragogipe. Com a implantação, cujas operações estão previstas para começar em 2010, a expectativa é que sejam gerados mais de dez mil postos de trabalho diretos. Plataforma da Petrobras: Demanda para o póloO secretário da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia (SICM), Rafael Amoedo, explica que dois protocolos de intenções já foram assinados com o governo para a construção dos estaleiros, um com a holding baiana Odebrecht e outro com a empresa Estaleiro da Bahia S.A., Uma jointventure da OAS, Setal e Piemonte.

O terceiro protocolo devemos anunciar em uns15dias.Serácomaempresa UTC Engenharia, adianta. A contrapartida do estado será dada através de incentivos fiscais, por meio do Programa Estadual de Incentivos à Indústria de Construção Naval (Pronaval). Além dos empregos, outro aspecto importante para a economia local é a cadeia de fornecimento, que envolve indústrias dos mais diversos setores, ressalta o secretário, complementando que cada estaleiro terá praticamente o mesmo tamanho, com capacidade para construir duas embarcações por ano, em média. Pólo movimentará R$2 bilhões por anoPlanejado para atender, principalmente, à demanda da Petrobras, o Pólo da Indústria Naval da Bahia deve movimentar cerca de R$2 bilhões por ano, segundo o secretário da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia (SICM), Rafael Amoedo.

Se cada estaleiro produzirá em média duas embarcações e/ou plataformas por ano, e cada uma custa cerca de US$500 milhões, devemos atingir a casa dos R$2 bilhões, acrescenta. Em relação ao início das operações dos estaleiros, os primeiros da Bahia, o secretário afirma que a previsão é que as empresas comecem as obras o mais rápido possível, com duração média de dois anos para a conclusão. Devemos Ter navios prontos daqui a cinco anos. Queremos que o pólo naval baiano tenha o mesmo impacto do Pólo Petroquímico de Camaçari, destaca Amoedo. Se depender do entusiasmo da Estaleiro da Bahia S.A., empresa formada pela OAS, Setal e Piemonte, em breve, o estado estará exportando navios. De acordo com o presidente da joint venture, André Python, o início das obras deve começar no máximo seis meses após a licença ambiental, que já está em andamento.

Com capacidade para processar 110 mil toneladas de aço por ano, a companhia investirá US$400 milhões nas suas instalações, que contarão com uma área construída de 750 metros quadrados nas margens do Rio Paraguaçu. Python explica que o foco Da empresa é construir sondas de perfuração e plataformas de produção de petróleo, além de navios de pequeno porte para apoio a petroleiros. Tendo em vista a expansão do seu principal cliente, a Petrobras, a Estaleiro da Bahia S.A. tem em seu segundo plano a exportação. Também vamos estar aptos a atender clientes externos. Mas não podemos deixar de lado as grandes expectativas da Petrobras, diz, se referindo ao pré-sal. QualificaçãoSoldadores, montadores e serralheiros.

Esses são alguns dos empregos que serão gerados nos estaleiros baianos. Para suprir a carência da mão- de-obra no estado, as empresas e o governo do estado realizarão uma ação conjunta para promover cursos de qualificação e treinamento. Segundo Python, a intenção é priorizar a mão-de-obra local. Somente nós devemos gerar cerca de seis mil empregos diretos, finaliza o dirigente. A reportagem não conseguiu detalhes sobre o estaleiro da Odebrecht porque, segundo a assessoria, o responsável pela implantação do projeto está fora do país.