Nota de solidariedade à ministra Marina Silva
Em nota, por meio das secretarias da Mulher Trabalhadora e de Meio Ambiente, a CUT Nacional presta solidariedade à ministra e manifesta repudia a conduta de senadores que atacaram com falas machistas
Publicado: 30 Maio, 2025 - 15h53 | Última modificação: 30 Maio, 2025 - 16h00
Escrito por: CUT

A Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora (SNMT) e Secretaria Nacional de Meio Ambiente (SNMA) manifestam profunda solidariedade à Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. A Ministra sofreu ataques machistas durante sessão na Comissão de Infraestrutura do Senado, nesta terça-feira (27), perpetrados pelos senadores bolsonarista Marcos Rogério (PL-RO) e Plínio Valério (PSDB-AM).
Marina Silva é uma referência mundial na luta ambiental, em defesa da Amazônia dos povos indígenas e da floresta. Seu “lugar” de Ministra é fruto de uma trajetória política de trabalho e liderança pública por democracia e direitos em prol da classe trabalhadora. Marina Silva merece respeito!
Os ataques sofridos são tentativas de deslegitimação por parlamentares que representam o conservadorismo e negacionismo que se recusam a aceitar uma mulher negra, amazônida e ambientalista em posição de poder, reflexo do machismo estrutural que permeia a política brasileira.
A CUT repudia esse tipo de violência. A postura dos parlamentares não afeta apenas a Ministra, mas a todas as mulheres brasileiras que cotidianamente sofrem com o machismo e lutam por uma sociedade justa e igualitária.
Repudiamos também o avanço do chamado "PL da Devastação", que ameaça desmontar importantes conquistas socioambientais, abrindo caminho para o desmatamento, a grilagem e a degradação de biomas essenciais. Tais propostas representam um retrocesso e atendem apenas aos interesses de setores que se recusam a reconhecer a emergência climática.
Nos solidarizamos com Marina Silva e com todas/os que lutam pela justiça climática, pelo direito das populações tradicionais e pelo presente e pelo futuro das próximas gerações.
Seguiremos vigilantes e atuantes na defesa de um Brasil mais justo e democrático.
São Paulo, 30 de maio de 2025
Amanda Gomes Corcino Rosalina Amorim
Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Secretaria de Meio Ambiente da CUT