MS: Manifestantes protestam contra Reforma Trabalhista
Movimento faz parte do esquenta para a Greve Geral
Publicado: 18 Abril, 2017 - 12h21 | Última modificação: 18 Abril, 2017 - 17h58
Escrito por: CUT-MS

A ocupação da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego de Mato Grosso do Sul está sendo realizada desde as 7h da manhã desta terça feira (18), pelo Comitê Estadual Contra a Reforma da Previdência Social.
As organizações que compõem o movimento são contra o Projeto de Reforma Trabalhista, o PL 6.787 e informam que a ocupação da SRT é por prazo indeterminado. Os atendimentos foram paralisados a partir das 10h da manhã desta terça-feira, conforme relato de dirigentes sindicais.
Segundo a organização da manifestação, este projeto vai acabar com as férias, o 13º salário, a carteira assinada, vai resultar no aumento da jornada de trabalho que atualmente é de 44 horas semanais, a atingir outras proteções trabalhistas que estão garantidas pela CLT.
Os manifestantes alegam que uma articulação de última hora, feita pela base do governo ilegítimo de Temer, quer aprovar amanhã (19) no Congresso Nacional esse projeto em caráter de urgência.
Para os sindicalistas, o PL 6.787, vai precarizar o trabalho no Brasil e não modernizar a legislação trabalhista, como diz o governo. Segundo a CUT “o PL não vai gerar empregos, vai flexibilizar direitos e legitimar a precarização do trabalho, garantindo segurança jurídica e mais lucros para as empresas que utilizam formas de contratações ilegais”.
O Presidente da CUT-MS Genilson Duarte reforçou nas redes sociais, a importância do apoio a este movimento, “[email protected]/* */, a ocupação na SRT-MS prossegue e por tempo indeterminado, contra a reforma trabalhista e a reforma da previdência, precisamos reforçar a companheirada que já está lá, vamos à luta contra a retirada de direitos dos trabalhadores”, afirmou o dirigente.
“Pode ter aquelas pessoas que nos chamem de vagabundos, mas nós somos iguais a vocês, somos trabalhadores, pais de família e nesta luta, não vamos deixar de ir até o fim em defesa dos direitos da classe trabalhadora”, disse no protesto, José Abelha Neto, Presidente do SINTRACOM-CG (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande).
O protesto serviu também para dialogar com os trabalhadores que foram recorrer aos serviços do MTE no local, manifestantes distribuíram panfletos na atividade e também fizeram falas de conscientização para o público presente.
Élvio Vargas, Secretário de Finanças do Sinergia-MS afirmou no ato, “queremos mandar um recado forte para o Ministro do Trabalho e do Emprego, de que esta reforma é péssima para os trabalhadores” disse o dirigente ao dialogar com trabalhadores usuários do MTE nesta manhã.
Fazem parte desta iniciativa, CUT-MS, CTB, Nova Central, UGT, Intersindical, Força Sindical, CSB, MST, Frente Brasil Popular, UST, ADUFMS, Marcha Mundial de Mulheres, entre outras organizações.