MG: trabalhadores e trabalhadoras em...
Categoria vai às ruas no Dia Nacional de Mobilizações, Greves e Paralisações pelo piso salarial e o descongelamento da carreira
Publicado: 05 Julho, 2013 - 19h26
Escrito por: Rogério Hilário - CUT-MG
Trabalhadores e trabalhadores em educação do Estado de Minas Gerais aprovaram, nesta quinta-feira (4), em assembleia geral no pátio da Assembleia Legislativa, greve de 24 horas na próxima quinta-feira (11). Os educadores vão às ruas no Dia Nacional de Mobilizações, Greves e Paralisações convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), demais centrais e movimentos sociais. A categoria repete estratégia coordenada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) durante a Copa das Confederações, em junho, com paralisações por tempo determinado, e que forçou o governo do Estado a marcar uma rodada de negociação para a próxima quarta-feira (10). No dia seguinte, os profissionais do ensino participam de nova assembleia, quando vão avaliar o resultado do encontro com o Executivo mineiro.
A categoria reivindica o pagamento do piso salarial retroativo a 2008, o cumprimento dos acordos das greves de 2010 e 2011, o descongelamento da carreira, o não aumento da jornada de trabalho, a nomeação de concursados para cargos vagos e melhoria no atendimento do Ipsemg.
Após a assembleia geral, trabalhadores e trabalhadoras em educação saíram em passeata pelas ruas de Belo Horizonte, tendo à frente carroças que simbolizavam a lentidão e o descaso com que o governador do Estado, Antonio Anastasia, trata questões como transporte, saúde, moradia, segurança, mobilidade urbana, jornada de trabalho, carreira, piso salarial e educação.
"Ficaremos parados por 24 horas e, neste tempo, avaliaremos o posicionamento do governo do estado a respeito de nossas reivindicações. Acertamos na estratégia, durante a Copa das Confederações, e durante as manifestações mostramos à população e aos turistas a situação da educação em Minas Gerais e transformamos o governo do Estado em vidraça. Nos protestos recebemos o apoio dos manifestantes. Durante as passeatas eles cantavam: ‘O professor é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo’ e ‘Alô Brasil, vamos acordar, um professor vale mais do que o Neymar’”, disse a presidenta da CUT/MG e coordenadora-geral do Sind-UTE/MG. Os profissionais já haviam suspendido seus trabalhos nos dias 17, 18, 22, 26 e 27 de julho , quando se uniram à outras manifestações que tomaram as ruas durante a Copa das Confederações.
O movimento dos profissionais do ensino recebeu o apoio e a solidariedade da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), sindicato da base CUTista, parlamentares e dos movimentos sociais, entre eles a Assembleia Popular Horizontal, que ocupa a Câmara Municipal de Belo Horizonte desde o último sábado (29). Entre outras pautas, os acampados no Legislativo do município reivindicam 10% do PIB e 30% dos orçamentos de municípios e estados para educação, 20 horas semanais de jornada de trabalho e reformulação do ensino médio.
“De novo nós, CUT/MG e Sindieletro, estamos juntos com os professores nesta luta para arrancar a negociação do governo do Estado. Os eletricitários sabem bem como é o enfrentamento com o governo. Estamos sem acordo coletivo até hoje. O governo vem detonando trabalhadores da Cemig, da Copasa, da saúde, da educação para sobrar dinheiro para a campanha do senador Aécio Neves”, disse Jairo Nogueira Filho, secretário-geral da CUT/MG e coordenado-geral do Sindieletro-MG.
José Maria Santos, secretário de Meio Ambiente da CUT/MG e presidente do Sindágua-MG, se solidarizou com o movimento dos educadores. “Fico muito feliz em participar novamente de uma assembleia desta categoria, que sempre é um exemplo de mobilização e luta. O que vocês reivindicam, uma educação pública de qualidade, é o direito de toda a população. Diante de um governo neoliberal que não se preocupa com o povo, só com mobilização e indo para as ruas é que se conquistam direitos.”
O secretário de Comunicação da CUT/MG, Neemias Rodrigues, também representando os bancários, manifestou o apoio aos profissionais do ensino e convocou todos participar do Dia Nacional de Mobilizações, Paralisações e Greves. “Vamos levar às ruas as nossas pautas, nas manifestações e paralisações que vão acontecer em todo o país.”
Shakespeare Martins de Jesus, da Direção Executiva da CUT Nacional, reforçou o convite para as mobilizações do dia 11 de julho. “Vamos dar um aula de cidadania, com milhares de pessoas nas ruas. Queremos melhorias no transporte, na saúde, na segurança, na moradia e, principalmente, na educação para transformar o Brasil em um país melhor.”