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Metalúrgicos da CUT em SP entregam pauta de reivindicações aos patrões

Em Campanha Salarial, presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM/CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, reforçou aos patrões o tema deste ano: “Mais emprego, mais direito e mais salário"

Publicado: 05 Julho, 2019 - 12h18 | Última modificação: 05 Julho, 2019 - 13h55

Escrito por: Redação SMABC

Adonis Guerra
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Entrega da pauta no Sicetel

Os dirigentes dos sindicatos que compõem a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM/CUT) entregaram nesta quinta-feira (04) a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2019 para os representantes do setor patronal.

Pela manhã, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a pauta foi entregue aos representantes do G2 (Sindimaq e Sinaees), Estamparia, Fundição, Sindratar, Sindicel, Grupo 8.2 (Sicetel e Siescomet), Grupo 8.3 (Sinafer, Simefre e Siamfesp) e G10.

À tarde, a entrega foi para o Grupo 3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa), na sede do Sindipeças, em São Paulo.

O presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM/CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, reforçou aos patrões o tema deste ano: “Mais emprego, mais direito e mais salário”.

“Tudo que a Campanha Salarial possibilitar e contribuir para a geração de empregos, a FEM/CUT estará junto. Por exemplo, temos nos eixos a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, o que demandaria mais trabalhadores para o setor”, afirmou.

Mais direitos

Na questão de direitos, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) tem dito que vai criar a carteira verde e amarela, junto com a frase de ‘trabalhador tem que escolher se quer empregos ou direitos’.

“Em contraponto, defendemos que os trabalhadores precisam de mais direitos porque, se existir trabalhador que se submeta a condições do século 19, afetará a todos aqueles que já estão trabalhando, além de ser um desrespeito ao processo de negociação feito nos últimos 30 anos que garantiram conquistas e avanços. Será que com a carteira verde e amarela as empresas ainda negociarão direitos, ainda contratarão trabalhadores com a carteira azul?”, questionou.

Melhores salários

Sobre melhores salários, Luizão explicou que é uma forma de os metalúrgicos da CUT no Estado contribuírem para a retomada da economia brasileira. “Com salários corrigidos e ganho real significa que trabalhador metalúrgico poderá consumir mais, para que a roda da economia gire de maneira mais rápida”, afirmou. 

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Entrega da pauta de reivindicações no Sindipeças

 

Campanha salarial e mobilização

Os eixos da Campanha Salarial 2019 são: reposição integral da inflação mais aumento real; manutenção e a aplicação das Convenções Coletivas; respeito às entidades Sindicais; contra o fim das NRs (Normas Regulamentadoras) e redução da jornada de trabalho sem redução de salário.

A expectativa da FEM/CUT é que as primeiras negociações ocorram ainda neste mês.

O coordenador de São Bernardo, Genildo Dias Pereira, o Gaúcho, reforçou o chamado de mobilização aos metalúrgicos do ABC. “Daqui para frente temos que organizar a categoria para que façamos uma Campanha Salarial que contemple os interesses dos trabalhadores, apesar do difícil momento do país”, disse.

Para o coordenador da Regional de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, a conjuntura atrapalha as negociações. “Será mais um ano difícil de Campanha Salarial, mas acreditamos na força da nossa Federação e na unidade dos trabalhadores para conseguir grandes avanços e acordos”, afirmou.

O coordenador da Regional Diadema, Claudionor Vieira do Nascimento, ressaltou que a conjuntura do país já é de perda de direitos dos trabalhadores. “Não vamos aceitar não ter reposição da inflação, aumento real nem retirada de direitos. Para isso, vamos ter que lutar muito”, chamou. 

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Reunião com o G2

 

Este ano alguns grupos terão a discussão somente econômica, a pauta parcial, já que têm a Convenção Coletiva de Trabalho garantida por dois anos. São eles: Grupo 2, Grupo 3, Sindratar, Sindicel e Fundição.

A pauta cheia, com as cláusulas econômicas e sociais, será negociada com o G8.2, G8.3 e Estamparia, já que a CCT vale até 31 de agosto. Já o G10, que não tem Convenção Coletiva assinada, também recebeu a pauta cheia para discutir tanto as cláusulas sociais quanto as econômicas.