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Jornalistas do Rio e DF intensificam a luta por reajuste e param nesta quarta (8)

Trabalhadores de revistas, impresso e mídias digitais já haviam feito paralisação de 2 horas no dia 25 de maio para protestar contra proposta patronal de reajuste de 3,5% contra inflação na data-base de 10,60%

Publicado: 07 Junho, 2022 - 15h25 | Última modificação: 07 Junho, 2022 - 15h40

Escrito por: Rosangela Fernandes, da CUT-Rio

CUT-RJ
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Nesta quarta-feira (8), os jornalistas das redações de revistas, impressos e mídias digitais do Rio de Janeiro e Distrito Federal vão parar durante quatro horas por reajuste salarial. Será a segunda paralisação de jornalistas em menos de 15 dias.

A categoria reivindica a reposição integral da inflação acumulada em 12 meses e retroatividade à data base. No Rio, a data-base é 1º de fevereiro, mês em que a inflação alcançou 10,60%. No Distrito Federal, a data-base 1º de abril e a inflação acumulada chegou a 11,70%.

Os patrões oferecem apenas 4% de reajuste e ainda sem retroatividade.

No último dia 25, os jornalistas realizaram movimento histórico, suspendendo o trabalho nas redações no horário de fechamento, com grande adesão durante duas horas. No Distrito Federal a paralisação contou com adesão de 95% dos trabalhadores e trabalhadoras, apenas algumas chefias não participaram. Há mais de 30 anos a categoria não realizava movimento grevista.

Apesar da mobilização, não houve avanço nas negociações o que aumentou a revolta e faz crescer a mobilização para esta quarta-feira, quando os jornalistas de revistas, impresso e mídias digitais dos dois estados cruzarão os braços das 13h às 17h, duas horas a mais do que na primeira mobilização.

As principais paralisações estão programadas para ocorrer na Editora Globo, Jornal O Globo, Extra e Valor Econômico.

Para a dirigente da CUT Brasil e diretora do Sindicato dos Jornalistas do Rio, Virgínia Berriel, a categoria chegou ao limite.

"A mobilização dos jornalistas cresce porque todos estão com a corda no pescoço devido à inflação alta e às perdas salariais. A reivindicação da reposição de 100% da inflação é muito justa, recupera o poder de compra e, mais do que isso: a dignidade de todos e todas”, avalia.

Desde 2019 os jornalistas estão acumulando perdas.  Com a pandemia - apesar da categoria ter se mantido na linha de frente, produzindo informação de qualidade para a população – não houve retorno financeiro e a situação só se agravou.

No Rio de Janeiro, durante a paralisação, a partir das 13h, haverá ato na porta do Jornal O Globo, na Cidade Nova, Zona Central. No Distrito Federal, no mesmo horário, a mobilização acontece em frente ao Shopping Brasília, na W3Sul, onde fica a redação da Editora Globo na capital federal.