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Jornada de trabalho do brasileiro cai 1 hora desde 2003, diz IBGE

Publicado: 18 Fevereiro, 2008 - 09h16

Os brasileiros das principais metrópoles do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, ganharam quase uma hora semanal nos últimos quatro anos para se dedicarem ao lazer, ao cuidado da casa e dos filhos ou ao estudo, entre outras atividades. E que o número total de horas trabalhadas semanais está em queda: passou de 41,3 horas, em 2003, para 40,4 horas semanais, na média, de 2007. A diferença (0,9 hora) corresponde a uma redução de 54 minutos na semana. Em 2006, a jornada média era de 40,5 horas por semana, segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De 2006 para 2007, a queda sofreu uma freada e representou apenas seis minutos. Especialistas apontam vários motivos para a redução das horas trabalhadas: expansão do número de vagas geradas, da renda e da formalização e mais rigor na fiscalização do mercado de trabalho. 

 

Segundo Cimar Azeredo Pereira, gerente da pesquisa do IBGE, a fiscalização evoluiu nos últimos anos, reprimindo abusos de empregadores. Ele diz que o aumento da formalização também ajudou. E que os trabalhadores com carteira assinada estão sujeitos às regras e têm uma jornada mais regular do que os informais. Os trabalhadores com carteira ainda trabalham mais horas que os informais. A jornada daquele contingente baixou de 43,6 horas semanais em 2003 para 43,2 horas em 2007 -era de 43,3 horas em 2006. A dos sem-carteira cedeu de 41,4 horas semanais em 2003 para 40,8 em 2007. Em 2006, o grupo trabalhava 41,1 horas. Azeredo Pereira diz que, entre os sem-carteira, há perfis muito distintos de trabalhadores, inclusive aqueles que têm apenas uma jornada parcial, por poucas horas, e são contratados por empreitadas. Por isso, a sua jornada média é menor. O gerente do IBGE diz acreditar que os trabalhadores que possuem carga horária maior (e que precisam trabalhar por uma jornada completa) migraram para empregos formais, cuja oferta aumentou nos últimos anos.