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Incra emite posse de três mil hectares para reforma agrária em Pernambuco

Publicado: 11 Julho, 2008 - 07h13

 

A superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Pernambuco, emitiu ontem (10) e emitirá hoje (11) a posse, em nome do instituto, de propriedades rurais no interior do estado, totalizando mais de três mil hectares, que serão destinadas à reforma agrária.

 

Hoje foi a vez das terras dos engenhos Nova, Armazém e Milho Branco, no município de São Bento do Una, no Agreste pernambucano. As três propriedades somam pouco mais de dois mil hectares, que devem assentar mais de 700 pessoas que vivem na área.

 

Também no Agreste do estado, no município de Pesqueira, passa para o domínio da Superintendência do Incra, amanhã , a propriedade da Fazenda Cachoeira, de 964,4 hectares. A área também vai ser destinada a famílias no programa de reforma agrária, possibilitando aos beneficiados o acesso à terra e aos créditos oriundos da reforma.

 

“O próximo passo é a criação do projeto de assentamento, que se dá através de portaria, mas a gente fica na dependência agora da licença prévia, que é obtida pelo órgão estadual de meio ambiente, que deve ocorrer nos próximos 15 dias e, de posse da licença prévia, a gente pode fazer a criação do projeto de assentamento”, explicou o chefe da Divisão de Obtenção de Terras e Implantação de Projetos de Assentamento do Incra/PE, Carlos Eduardo Lopes.

 

A emissão da posse foi festejada hoje em São Bento do Una. Agricultores, a direção do Incra e representantes da prefeitura se reuniram em um ginásio para comemorar juntos. “Houve vários depoimentos falando justamente da luta deles, por esses 22 anos, e eles classificaram [a emissão da posse] como um marco na história das comunidades, que agora vão poder ter acesso às políticas públicas, eles passam a ser beneficiários da reforma agrária, a partir da criação do projeto de assentamento”, disse Lopes.

 

Nos dois municípios, as famílias que devem ser assentadas lutam pela desapropriação das terras desde 1986. A primeira vistoria do Incra nas áreas ocorreu em 1997 e em 2006 as terras foram consideradas improdutivas e destinadas à reforma agrária.