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CNTE se soma à greve dos professores de Rondônia e pressiona por negociação

Em nota, entidade destacou a legitimidade das reivindicações dos profissionais, que pedem melhores salários e condições de trabalho

Publicado: 11 Agosto, 2025 - 14h56 | Última modificação: 11 Agosto, 2025 - 15h16

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Walber Pinto

Reprodução
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A greve dos trabalhadores e trabalhadoras da educação do estado de Rondônia, iniciada no último dia 6, ganhou reforço significativo com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Em nota divulgada nesta segunda-feira (11), a CNTE não apenas endossou a mobilização como destacou a legitimidade do movimento grevista. (Leia a nota abaixo)

Os professores reivindicam a realização de concursos públicos, a valorização salarial e melhores condições de trabalho, e condena a postura do governador do estado Coronel Marcos Rocha (União) diante da mobilização. 

A CNTE criticou ainda a postura do governo estadual de negligenciar o diálogo e disseminar desinformação na mídia local para deslegitimar a greve dos educadores. 

A greve, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Rondônia (SINTERO), teve adesão massiva dos professores do estado, e conta com forte mobilização na sede administrativa, em Porto Velho, e nas 11 regionais, demonstrando a união da categoria em busca de valorização profissional.

Confira a íntegra da nota da CNTE

A greve dos/as profissionais da educação da rede estadual de ensino de Rondônia teve início na última quarta-feira (06/08) com forte adesão do conjunto da categoria. As reivindicações são justas e legítimas porque perpassam questões que vão desde a necessidade urgente de o Estado fazer concursos públicos para a sua rede educacional, que sofre com um enorme déficit de professores/as e funcionários da educação, até questões básicas para a sobrevivência desses profissionais, que contam com um auxílio alimentação de apenas 253 reais, valor irrisório que é o mesmo desde o ano de 2016.

A Mesa de Negociação não deu conta de resolver tais pendências e atender a pauta de reivindicações apresentada pelo SINTERO, sindicato da categoria. A Secretaria Estadual de Educação (SEDUC) optou, então, por um caminho que não ajuda a resolver a contenda com os/as trabalhadores/as em educação do Estado ao escalonar as falsas notícias na imprensa local, tentando jogar a população contra os/as educadores.

A reeleição do atual Governador Marcos Rocha nas eleições de 2022, ao derrotar o maior representante do negacionismo político e da extrema direita no Estado, contou com a forte mobilização, atuação e voto dos/as profissionais da educação básica pública de Rondônia. A categoria esperava um reconhecimento que, infelizmente, não veio. A educação merece respeito e a luta dos/as profissionais da rede estadual pública de ensino é justa e legítima. Lutam por dignidade mínima e na defesa de uma educação pública de qualidade para toda a sociedade.

Nesse sentido, e não podia ser diferente, os/as educadores de todo o Brasil se colocam solidários/as à greve dos/as companheiros do SINTERO e de toda a categoria profissional da educação do Estado de Rondônia! Que a gestão estadual do governo assuma a dianteira nos esforços para dar conta das reivindicações da categoria e, somente, assim, pôr fim ao movimento de greve da educação, retomando a oferta do serviço púbico educacional da rede de ensino estadual.

Brasília, 11 de agosto de 2025.

Direção Executiva da CNTE