Governo venezuelano processará El...
Presidenta da Argentina chamou falsificação feita pelo jornal espanhol de canalhice
Publicado: 29 Janeiro, 2013 - 12h24
Escrito por: Leonardo Severo
Ao lado do título “O segredo da enfermidade de Chávez”, o jornal espanhol “El País” publicou na última quinta-feira uma gigantesca foto falsa do presidente venezuelano em que estaria entubado em um hospital de Havana. Além de macular a imagem do líder bolivariano, a “notícia” seria uma comprovação de que as autoridades venezuelanas e cubanas estariam forjando a recuperação para “ganhar tempo” no enfrentamento à oposição pró-EUA.
Na tentativa de antecipar a morte de Chávez com a publicação de uma foto emclose da cabeça de um homem sem cabelos e com um tubo saindo da boca, o El País estampou o que entende por “objetividade jornalística”. Sem ao menos ter a preocupação de checar a “informação”, rodou milhares de exemplares – logo retirados de circulação, segundo disseram seus diretores, ao custo de 225 mil euros. Pega em flagrante delito, a direção do jornal limitou-se a fazer um pedido formal de desculpas.
Diante do ocorrido, oministro de Comunicação da Venezuela, Ernesto Villegas, lembrou que “nem sequer estenderam as desculpas ao presidente Chávez, aos seus familiares e ao povo venezuelano”. Villegas denunciou que o El País integra a campanha de desestabilização movida contar seu país. A foto, “asquerosa e grotesca”, declarou o porta-voz, causou grave dano tanto ao mandatário quanto aos seus parentes e ao povo.
Para a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, o que o El País publicou não foi uma foto, “mas uma canalhice”. “Quem foi o editor que autorizou a publicação? Falará de liberdade de imprensa? Escreverá editoriais sobre ética, moral e bons costumes e apontará com o dedo sua próxima vítima?”, questionou Cristina. E acrescentou: “imprensa canalha, não me ocorre outro adjetivo”. Infelizmente, frisou a presidenta, este não é um caso isolado: “É igual em todas as partes: El País em Madri, The Sun na Londres de Murdoch, enredado em tramas de corrupção com o governo de Cameron, e quem sabe em quantas coisas mais. Aqui é o Clarín de Hector Magnetto. Sobre isso não fazem falta adjetivos, sobram e são bem conhecidos”.
Na mesma quinta-feira, o jornalista italiano Tommasso Debenedetti assumiu ter enviado a imagem, retirada de um vídeo do YouTube, para “verificar a rigorosidade dos veículos quando decidem publicar um material fotográfico”. A do “veículo” em questão todos já sabemos.