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Geração de empregos no Brasil teve importante influência no índice da AL, diz OIT

Publicado: 29 Janeiro, 2008 - 13h36

 

Brasília - Responsável por 40% da População Economicamente Ativa (PEA) urbana da América Latina e do Caribe, o Brasil apresentou em 2007 indicadores favoráveis para o desempenho do mercado de trabalho, influenciando de forma significativa os resultados regionais. A conclusão faz parte do relatório Panorama Laboral da América Latina e do Caribe, divulgado hoje (28) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Lima, no Peru.

O documento informa que, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, foram criados 1,6 milhão de postos de trabalho entre janeiro e setembro de 2007, valor definido como “um dos melhores resultados para o período desde 1985”.
As atividades que mais contribuíram para o panorama foram a agricultura e a silvicultura, que geraram 13,7% do total de empregos criados, seguidas pela construção civil (12,8%) e pela indústria manufatureira (7,4%).

A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas brasileiras reduziu de 10,2% em 2006 para 9,7% em 2007, considerados os primeiros nove meses dos dois anos. Considerando um crescimento da PEA de 1,5%, a quantidade de empregados aumentou em 2,7% enquanto os desocupados diminuíram 8,6%.

“Estes resultados positivos também se observam no incremento do emprego formal, considerando que a proporção de assalariados privados cobertos pela legislação social e trabalhista entre 2006 e 2007 aumentou de 61,8% para 63,2%”, destaca a OIT em trecho do relatório.

Assim como em Trinidad e Tobago e no Peru, o desemprego no Brasil caiu mais entre os homens do que entre as mulheres. Em Barbados, Chile, Colômbia, Costa Rica, Jamaica, Panamá, Venezuela e Uruguai o quadro foi inverso.

Um aspecto negativo apontado pelo relatório é o fato de o desemprego entre os jovens brasileiros (de 15 a 24 anos) ser 2,3 vezes superior à taxa de desemprego total. Em toda região, a desocupação na juventude é 2,2 vezes maior que a média e quase o triplo da dos adultos.
A informalidade é outro problema a ser superado, pois ainda afeta 61,5% dos trabalhadores urbanos de cinco países da América Latina e do Caribe (Colômbia, Equador, México, Panamá e Peru) onde essa taxa foi medida pela OIT.