Fenadados assina Acordo Coletivo de Trabalho dos (as) trabalhadores (as) da Dataprev
Publicado: 10 Setembro, 2008 - 17h47
Escrito por: Fenadados
Após dez rodadas de negociação, iniciadas em maio passado, a Fenadados concluiu os trabalhos em torno do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos (as) trabalhadores (as) da Dataprev, referente à data-base 2008/2009, a assinatura do ACT ocorreu na terça-feira (9), às 18:00, nas dependências da empresa em Brasília.
Segundo os Coordenadores de Campanha das Estatais - Edna Marli de Oliveira, Telma Dantas e Francisco Ribeiro de Araújo (Chiquinho) -, que atuaram no encaminhamento das reivindicações dos trabalhadores, o processo de discussão com a Dataprev foi diferente do ano passado, quando chegamos ao dissídio – uma atitude extrema -, neste ano as negociações foram bem mais equilibradas, devido à maturidade adqurida com o aprendizado da campanha anterior.
Segundo Edna, o novo ACT apresenta várias cláusulas, com ganhos para os trabalhadores. “Conseguimos um reajuste de 6,54% na tabela salarial de abril de 2008. Mas o grande avanço deu-se na abertura das discussões sobre o Plano de Cargos e Salários (PCS), o que temos que garantir agora é que a empresa respeite o negociado e de fato prossiga nas negociações do PCS".
Os coordenadores da Fenadados também enfatizaram que mesmo sendo devido aos trabalhadores o nível de 2%, a negociação forçou com que a empresa cumprisse esta pendência.
Está garantido também o custeio parcial daqueles que pretendem realizar um curso superior, assim como o aumento do prazo das licenças maternidade e para adoção de filhos.
A exclusão de percentual de contingente em caso de greve e o seguro de vida também fazem parte do ACT.
Para Telma e Chiquinho houve apenas um ponto considerado “entrave” nas negociações. “A Dataprev queria a todo custo desindexar os benefícios do salário-mínimo, atrelando-os a outros índices. Isso traria um grande impacto no caso do auxílio-creche e do ensino fundamental, por exemplo. Passamos mais de três rodadas argumentando em favor dos trabalhadores. Por fim, após muita argumentação ficou negociado com a empresa a manutenção dos termos das cláusulas.