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ES: TST derruba dissídio da...

Assembleia neste domingo (29) pode decidir por início de operação tartaruga

Publicado: 27 Julho, 2012 - 22h50

Escrito por: Luiz Carvalho

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A paralisação dos trabalhadores da construção civil no Espírito Santo pode voltar com carga total a partir do dia 6 de agosto. E o motivo é mais um ataque do Judiciário á classe trabalhadora.

Na última quarta-feira (25), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) acatou a liminar do sindicato patronal para suspender o aumento de 14% definido pelo Tribunal Regional do Trabalho e determinou o reajuste em 7,5%.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Espírito Santo (Sintraconts-ES), Paulo Peres, o Carioca, a entidade irá recorrer.

“O advogado do Sintraconst-ES, em parceria com o Judiciário dos nossos companheiros bancários de Brasília, já articula uma ação para reverter essa decisão. Somos mais de 80 mil operários bancando o crescimento de um setor que não quer dividir o lucro”, criticou.

A cesta básica de R$ 170 e R$ 80 de gratificação para o pessoal da área não industrial que não apresentar falta injustificada no mês foi mantido. Assim como os R$ 400 de cesta ao trabalhadores da área industrial.

Convocação geral – Diante desse cenário, uma assembleia no domingo (29), que serviria para dar início à campanha salarial dos trabalhadores da indústria pesada se transformou em um convocação geral para toda a categoria.

O encontro acontecerá na Praça dos Namorados, a partir das 8h, e a expectativa é reunir mais de 5 mil pessoas.

“A categoria irá tomar sua decisão. A ideia é nos prepararmos e decretarmos o início do Estado de Greve, começando por uma “operação tartaruga” nas obras. Se no dia 5 os salários com o aumento não caírem, a greve recomeça.

Julgamento de quem conhece 

O índice de 14% foi definido no início do mês, de forma unânime pelo Tribunal Regional do Trabalho. Conhecedores da situação local, os desembargadores destacaram que o Espírito Santo cresce em ritmo superior ao da China e que a construção é um dos setores que mais lucram.  

Além disso, lembraram que oferecer 6% de aumento em uma região onde os preços dos imóveis sobem assustadoramente é um convite à greve.

“Para o sindicato patronal isso não deve ter importância, mas a Justiça precisa lembrar que a maior parte do pessoal da obra, pedreiros, carpinteiros e armadores, com o aumento passariam a ganhar R$ 1.080. Para os serventes, a situação é ainda pior, o salário iria para R$ 680. Será que os patrões conseguiriam viver ganhando isso? Por isso não podemos desistir desse luta”, decreta Carioca.