Em quase dois anos de pandemia, Brasil passa de 650 mil pessoas mortas pela Covid-19
De acordo com a plataforma Our World In Data, da Universidade Johns Hopkins, o Brasil é o segundo país com maior número de vidas perdidas para a Covid-19
Publicado: 03 Março, 2022 - 12h25 | Última modificação: 03 Março, 2022 - 17h47
Escrito por: Redação CUT

O Brasil ultrapassou a triste marca de 650 mil pessoas mortas em consequência de complicações causadas pela Covid-19, nesta quarta-feira (2), quando foram registrados 370 óbitos em 24 horas, totalizando 650.052 mortes. A média móvel de mortes foi de 514, a primeira abaixo de 600 desde 31 de janeiro.
Cerca de 50 mil perdas mais recentes ocorreram 145 dias após o país atingir 600 mil mortos. Foi o maior intervalo entre marcos da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus.
O maior intervalo de tempo entre as marcas havia sido logo no começo da pandemia, quando, em cem dias, o país saiu da 1ª morte oficial por Covid-19, em 12 de março de 2020, para 50.058 óbitos, em 20 de junho do mesmo ano.
No mesmo período de 24 horas, entre a terça e a quarta-feira, foram registrados 29.841 novos casos da doença, totalizando 28.842.160 diagnósticos de Covid-19 desde março de 2020. A média móvel de casos chegou a 51.039, menor número desde 11 de janeiro.
De acordo com a plataforma Our World In Data, da Universidade Johns Hopkins, o Brasil é o segundo país com maior número de mortes por Covid-19 (649.922, nas contas da ferramenta), atrás apenas dos EUA (952.423) e à frente de países como Índia (514.246), Rússia (345.247) e México (318.531).
Ainda de acordo com a Our World In Data, o Brasil registrou, até o momento, 3.037 mortes a cada um milhão de pessoas. Isso é mais do que a média mundial (757 mortes por milhão) e a média da América do Sul (2.897 mortes por milhão).
Covid tirou a vida de 1 em cada 17 idosos com 90 anos ou mais
Segundo o Portal da Transparência dos cartórios de registro civil, até esta quarta, foram registrados 43.910 óbitos de pessoas de 90 anos ou mais, de acordo com o portal UOL.
O número é alto, quando se compara com a população estimada no Brasil nessa faixa etária em 2019, último ano antes da pandemia. Segundo o IBGE eram 774.304 idosos com 90 anos ou mais.
Neste cálculo simplório, sem pretensão científica, os óbitos pela Covid-19 representam 5,6% desses idosos que viviam no Brasil no antes da pandemia.
Dessas vítimas, 2,5 mil eram pessoas centenárias, segundo os dados dos cartórios. Aqui uma ressalva: não há dados atuais de pessoas com 100 anos ou mais morando no Brasil, segundo informou o IBGE à coluna. "Esse grupo etário é muito rarefeito e somente pode ser captado nos censos demográficos", disse o órgão. No Censo de 2010, a população centenária medida foi de 23.760 pessoas no país.
Somente este ano, a doença vitimou 4.600 idosos com 90 anos ou mais no país.
Vacinação
Nesta quarta, o país registrou 155,3 milhões de pessoas com vacinação completa contra a Covid-19. Outras 155.320.630 tomaram a segunda dose ou a dose única de imunizante, o correspondente a 72,3% da população brasileira.
Em 24 horas, 129.428 pessoas receberam a segunda dose do imunizante. No mesmo período, 97.395 brasileiros tomaram a primeira dose e 316.456 a de reforço, com um total de 539.576 doses aplicadas entre ontem e hoje.