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Em Curitiba, uns abrem as portas de suas casas, outros querem a posse das ruas

Enquanto muitos moradores se solidarizam e apoiam os acampados em defesa de Lula, um grupo de moradores entra com pedido de reintegração de posse das ruas

Publicado: 11 Abril, 2018 - 20h52 | Última modificação: 11 Abril, 2018 - 21h44

Escrito por: Marize Muniz

Ricardo Stuckert
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Enquanto pessoas como o senhor Gelsoli Bandeira dos Santos, que mora nas proximidades da sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde está instalado o acampamento em defesa do presidente Lula, abre as portas de casa e dá apoio aos acampados, outros vizinhos, alegando insegurança, entram com mandado de segurança pedindo reintegração de posse das ruas.

Os acampados, diz o grupo de moradores contrários às manifestações de apoio e solidariedade a Lula, fazem barulho nos carros de som e têm “comportamento intimidatório”. Eles reclamam também do lixo e dizem que seis banheiros químicos não são suficientes para tanta gente, portanto, afirmam, há problemas sanitários.

Os organizadores do acampamento rebatem os argumentos usados no pedido de mandado de segurança. Em nota, afirmaram que acampamento é pacífico e que várias pessoas trabalham na manutenção da limpeza, além de cumprirem o acordo de silêncio entre 22hs e 7h.

Lembram ainda que muitos moradores estão ajudando doando água, energia elétrica e até internet. Muitos participam das atividades do acampamento, prestigiam nossas cozinhas e espaços culturais.

A reportagem do Portal da CUT visitou o acampamento e comprovou que a organização dos trabalhadores e trabalhadoras que estão acampados. As tarefas são distribuídas e cumpridas com dedicação por cada militante escalado para cuidar da segurança, limpeza, entre tantas outras.