Dilma a canal americano: golpe de 2016 pôs Lula em uma solitária

Em entrevista ao canal de notícias Democracy Now, dos Estados Unidos, a presidenta Dilma Rousseff denunciou, nesta sexta-feira (27), a prisão política do ex-presidente Lula, isolado em uma sala da sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde o dia 7 de abril, proibido de receber visita de amigos, como o Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Perez Esquivel, governadores e políticos.  

Dilma disse que Lula foi acusado, condenado e sentenciado a pena de prisão  pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro sem nenhuma prova. Segundo ela, a prisão do ex-presidente é uma das etapas do golpe que tirou do poder uma presidenta legitimamente eleita e não quer permitir que o líder em todas as pesquisas de intenção de voto ganhe as eleições deste ano e volte a ser presidente da República.

"Eles prendem o Lula prisioneiro por dois motivos. Primeiro, para dizer que ele não pode ser um candidato. Mas também por uma razão muito forte: para não deixá-lo falar. E isso fica claro na própria fundamentação da medida que o obriga a cumprir a sentença imediatamente. Porque Lula hoje está em uma situação de isolamento. Ele está em uma solitária".

Na entrevista ao Democracy Now, Dilma diz que o golpe está destruindo os direitos da população e atacando a democracia brasileira.

"Ele corrói as instituições a partir de dentro, como se fosse uma espécie de parasita que corrói as instituições democráticas. Então, nesse caso, o que eles estão fazendo com o Lula? Lula não pode falar. Mas nós podemos falar por ele. A democracia no Brasil está sendo mitigada. Está sendo abafada", diz ela.

Leia a entrevista na íntegra.

Exclusivo: Dilma Rousseff no Democracy Now! (Em Português)