Desemprego caiu mais em 18 estados e fica estável nos demais e no DF
Pesquisa do IBGE mostra que neste 2º trimestre em comparação com o trimestre anterior, o desemprego caiu mais em SC, RO e MT. A média nacional é de 5,8%, a menor da série iniciada em 2012
Publicado: 15 Agosto, 2025 - 11h01 | Última modificação: 15 Agosto, 2025 - 11h20
Escrito por: Redação CUT

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (15) a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD Contínua Trimestral com dados sobre o desemprego nos estados, no Distrito Federal e nos estratos de raça, gênero e escolaridade. A comparação é entre o segundo trimestre deste ano (abril/maio/junho) em relação ao trimestre anterior (janeiro/fevereiro /março).
No geral o índice de desemprego caiu mais em 18 unidades da federação e se manteve estável em nove. Apesar do desemprego ter diminuído em todos os estados e no DF o IBGE considerou estabilidade nos locais em que houve uma pequena variação.
Os três estados em que o desemprego caiu mais foram Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%). Os que têm maiores índices são Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%). A média nacional ficou em 5,8%, a menor da série iniciada em 2012.
Confira na tabela a posição das Unidades da Federação.
Taxa de desocupação, por UF (%) – 1º e 2° trimestre de 2025
UF | 1T 2025 | 2T 2025 | situação |
Pernambuco | 11,6 | 10,4 | → |
Distrito Federal | 9,2 | 8,7 | → |
Sergipe | 9,3 | 8,1 | → |
Acre | 8,2 | 7,3 | → |
Roraima | 7,5 | 5,9 | → |
Tocantins | 6,4 | 5,3 | → |
Paraná | 4,0 | 3,8 | → |
Mato Grosso | 3,5 | 2,8 | → |
Rondônia | 3,1 | 2,3 | → |
Santa Catarina | 3,0 | 2,2 | ↓ |
Goiás | 5,3 | 4,4 | ↓ |
Espírito Santo | 4,0 | 3,1 | ↓ |
Rio Grande do Sul | 5,3 | 4,3 | ↓ |
Mato Grosso do Sul | 4,0 | 2,9 | ↓ |
Brasil | 7,0 | 5,8 | ↓ |
São Paulo | 6,3 | 5,1 | ↓ |
Rio de Janeiro | 9,3 | 8,1 | ↓ |
Ceará | 8,0 | 6,6 | ↓ |
Maranhão | 8,1 | 6,6 | ↓ |
Alagoas | 9,0 | 7,5 | ↓ |
Amapá | 8,6 | 6,9 | ↓ |
Piauí | 10,2 | 8,5 | ↓ |
Paraíba | 8,7 | 7,0 | ↓ |
Minas Gerais | 5,7 | 4,0 | ↓ |
Pará | 8,7 | 6,9 | ↓ |
Bahia | 11,1 | 9,1 | ↓ |
Amazonas | 10,0 | 7,7 | ↓ |
Rio Grande do Norte | 9,9 | 7,5 | ↓ |
Estratos sociais
Homens brancos e de ensino superior tiveram mais oportunidades de trabalho.
Índice por gênero a taxa de desocupação (7,0%) foi de 4,8% para os homens e 6,9% para as mulheres no segundo trimestre de 2025.
Cor ou raça, essa taxa ficou abaixo da média nacional para os brancos (4,8%) e acima para os pretos (7,0%) e pardos (6,4%).
Escolaridade, a taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (9,4%) foi maior que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 5,9%, quase o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).
Renda
O rendimento real mensal habitual no país foi de R$ 3.477, valor maior do que o trimestre anterior (R$ 3.440). Na região Sudeste a média foi maior: R$ 3.914 - a única com alta estatisticamente significante do rendimento, enquanto nas demais houve estabilidade.
Carteira assinada
No Brasil, o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 74,2% no segundo trimestre de 2025. Os maiores percentuais de empregados CLT estavam em Santa Catarina (87,4%), São Paulo (82,9%) e Rio Grande do Sul (81,2%), e os menores, no Maranhão (53,1%), Piauí (54,5%) e Paraíba (54,6%).
Subutilização (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 14,4%
Desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) do país foi de 2,5%.
População ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,2%.
Informalidade para o Brasil foi de 37,8% da população ocupada.
A pesquisa completa do IBGE pode ser acessada aqui.