CUT receberá líderes de movimento social dos EUA para debater luta por democracia
Socialistas Democráticos Americanos (DSA), organização que conta com mais de 100 mil integrantes, trocarão experiências de luta em defesa democracia e direitos nos dois países – Brasil e EUA
Publicado: 03 Maio, 2022 - 16h03 | Última modificação: 03 Maio, 2022 - 18h18
Escrito por: Redação CUT

Para estreitar laços e compartilhar experiências em estratégias de luta contra o extremismo da direita nos Estados Unidos e no Brasil, representantes da Democratic Socialists of America (DSA – Socialistas Democráticos da América), serão recebidos por lideranças da CUT nacional na manhã desta quarta-feira (4), na sede da Central em São Paulo, à partir das 10h30.
A delegação, composta por Kristian Hernandez, Ashik Siddique, e Sofia Cutler, membros do Comitê Executivo Nacional, além de outros integrantes desembarcou no Brasil em 28 de abril e já participou de várias atividades, entre elas, reuniões com lideranças do PT e encontros com representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), movimentos de juventude e movimentos negros e outros partidos de esquerda.
De acordo com os integrantes da delegação, o objetivo também é de solidariedade ao movimento sindical, a movimentos sociais e partidos de esquerda no Brasil para fortalecer a luta contra o fascismo que, no Brasil, este ano, terá seu ápice nas eleições de outubro, dia em que o Brasil deverá escolher o que quer para os próximos anos – um governo democrático de olhar voltado para a classe trabalhadora e o desenvolvimento do Brasil ou a continuidade do projeto que vem destruindo o país nos últimos anos e penalizando a sociedade.
A ação das lideranças americanas foi uma resolução da entidade, ainda no ano passado (2021) quando, ao avaliar os riscos que a democracia corre no Brasil, se comprometeram a construir laços mais fortes com a esquerda brasileira, sindicatos e movimentos sociais.
DSA
Fundada em 1982, a DAS atua na luta por democracia nos EUA, englobando desde a solidariedade a trabalhadores de empresas como a Amazon, Starbucks, McDonalds e outras redes que exploram trabalhadores e cerceiam direitos à organização até a disputa política e ideológica na sociedade. A DAS atuou de forma ativa para derrotar Donald Trump nas últimas eleições. São mais de 100 mil membros atualmente em todo o país.
A DAS é uma organização política, sem fins lucrativos, financiada e administrada de forma democrática pelos próprios membros. É um movimento de massa que luta para transferir o poder da elite dominante para a classe trabalhadora, conquistando liberdade e controle democrático sobre todos os aspectos da sociedade.
E a diversidade faz parte da composição da organização. De acordo com a entidade, 57% dos membros vivem em áreas urbanas, com idade média de 33 anos. Do total 65% são homens, 27% são mulheres e 10% ‘não-binários’, ou seja que não se identificam nem como homens nem como mulheres. LGBTQUIA+’s são 32%.
A organização milita em torno de questões de poder, como ele é distribuído e os efeitos negativos que a distribuição atual tem na sociedade.