CUT-PE se solidariza com o policial Áureo Cisneiros por demissão imprudente
Central pede ao governador Paulo Câmara para não assinar demissão. Segundo nota da CUT-PE, Áureo, que também é presidente do Sindicato dos Policiais Civis, foi demitido por defender direitos dos trabalhadores
Publicado: 16 Novembro, 2018 - 09h20 | Última modificação: 16 Novembro, 2018 - 09h55
Escrito por: CUT PE

Na última terça-feira (13), a CUT Pernambuco divulgou nota de apoio e solidariedade ao presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sipol), Áureo Cisneiros, demitido por meio de uma notificação da Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social.
Par a CUT, a demissão descabida e imprudente é resultado da perseguição ao sindicalista, que há quatro anos vem lutando por melhores condições de trabalho e valorização profissional.
“As práticas antissindicais são usadas para pressionar servidores e utiliza-se de demissão, transferência de local de trabalho ou qualquer outra forma que dificulte ou impeça o dirigente ao exercício de sua função sindical, configurando-se assim numa ação velada de perseguição”, diz trecho da nota.
A CUT PE também pede, em nota, para que o governador do Estado, Paulo Câmara, não assine a demissão.
Veja a nota completa:
NOTA DE APOIO E SOLIDARIEDADE
A plenária sindical da CUT Pernambuco realizada, nesta terça-feira (13/11), aprovou mais uma vez nota de apoio e solidariedade ao companheiro Áureo Cisneiros, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) que foi notificado pela Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social de que será demitido de suas atividades como servidor público.
A decisão tomada por uma comissão formada por um delegado e dois comissários é descabida e imprudente. Áureo, ao longo dos quatro anos em que está à frente do Sinpol, vem lutando por melhores condições de trabalho, valorização profissional e salarial dos Policiais Civis de Pernambuco.
As práticas antissindicais são usadas para pressionar servidores e utiliza-se de demissão, transferência de local de trabalho ou qualquer outra forma que dificulte ou impeça o dirigente ao exercício de sua função sindical, configurando-se assim numa ação velada de perseguição.
Solicitamos ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que use o bom senso político e não assine a demissão de Áureo Cisneiros. Na atual conjuntura política está demissão pode ser uma antecipação de graves medidas que, estão sendo discutidas em nível federal, com intuito de alterar a legislação trabalhista e retirar todos os direitos da classe trabalhadora.
Basta de práticas antissindicais contra servidores e sindicalistas!
Recife, 14 de novembro de 2018
Direção da CUT-PE