CUT-PE e Centrais discutem estratégias para...

As centrais sindicais de Pernambuco – CUT, CGTB e UGT – estiveram reunidas na manhã desta segunda-feira (28), com o objetivo de discutir e definir as atividades do Movimento 28 de abril, Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho.

Os presidentes das centrais, Sérgio Goiana,  Marílton Cavalcanti e Severino Romero, juntamente com os representantes dos Sindicatos dos Bancários e da Construção Civil destacaram que,a cada ano acontecem 360 mil acidentes mortais e 2 milhões de doenças mortais estão relacionadas com o trabalho. Eles frisaram ainda que, em Pernambuco é necessário aprofundar o debate sobre os trabalhadores do Complexo Portuário de Suape/Cabo de Santo Agostinho, no que diz respeito, principalmente, aos acidentes de trabalho, as condições de saúde, higiene e segurança, além do  meio ambiente.

“Estamos convencidos de que um fator protetor da saúde no trabalho é a ação sindical, pelo qual o dia 28 de abril deve servir como norte para ratificar o compromisso do movimento sindical na ação de denunciar e demandar a prevenção de doenças, dos acidentes e das mortes no trabalho” ressaltou o presidente da CUT-PE, Sérgio Goiana.

Está programado para o dia 27 abril, no começo da manhã, uma panfletagem em Suape; já no dia 28, será realizada audiência pública, às 10h, no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), com a participação de sindicatos,  organizações não governamentais e entidades da sociedade civil organizada.

Segundo as estimativas realizadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em matéria de saúde no trabalho, a situação configura-se da seguinte forma: Segundo as estimativas realizadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em matéria de saúde no trabalho, a situação configura-se da seguinte forma:

1. A cada dia no mundo morrem uma média de 5 mil pessoas devido a acidentes de trabalho ou a doenças laborais; isso equivale a um total entre 2 e 2,3 milhões de mortes relacionadas ao trabalho. Dessa cifra, uns 350 mil são acidentes mortais e entre 1,7 e 2 milhões são doenças mortais;

2. A cada ano, os trabalhadores sofrem uns 270 milhões de acidentes que causam afastamento de mais de 3 dias ao trabalho e uns 160 milhões de doenças mortais;

3. As substâncias perigosas matam a uns 438 mil trabalhadores ao ano e calcula-se que uns 10% de todos os cânceres de pele são atribuídos à exposição a substâncias perigosas no ambiente de trabalho;

4. Somente o amianto cobra 100 mil vidas ao ano e a cifra continua subindo;

5. A silicosis, uma doença pulmonar mortal causada pela exposição ao pó de sílice continua atingindo a milhões de trabalhadores em todo o mundo;

Como resultado dos processos de globalização econômica de corte neoliberal aconteceu uma grande transformação do mundo do trabalho; desregulou as relações trabalhistas, ampliou as formas flexibilizadas de trabalho e ampliou o trabalho informal, o que produziu aumento da precarização das condições de trabalho, presença de novos fatores de risco, perda dos sistemas de proteção da saúde no trabalho e aumento de doenças, acidentes e mortes.